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R7 Brasília

Anvisa alerta para possível desabastecimento de suprimentos de saúde por causa de bloqueios

Em nota, a agência afirma que alertou diversas organizações sobre a importância de garantir fluxo de insumos de saúde

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

Sede da Anvisa, em Brasília (DF)
Sede da Anvisa, em Brasília (DF)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou na manhã desta quarta-feira (2) que monitora possíveis desabastecimentos de suprimentos de saúde por causa dos bloqueios em rodovias. Em nota, a agência afirma que alertou diversas organizações sobre a importância de garantir fluxos de insumos de saúde.

As paralisações nas estradas começaram na noite de domingo (30), após a divulgação do resultado da eleição, e foram aumentando ao longo da semana. Bloqueios e interdições atingiam 20 estados e o Distrito Federal na terça-feira (1º), apesar de decisões judiciais que determinam o desbloqueio das estradas.

Segundo a Anvisa, foram enviados ofícios para o Ministério da Saúde, a Justiça, a Casa Civil, o Ministério Público Federal, o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). 

A agência afirma ainda que é missão da Anvisa identificar ameaças e proteger a saúde da população. O ofício se encerra com a solicitação de especial atenção para que se possa manter e garantir o livre acesso da população a insumos de saúde.


Bloqueios das estradas podem aumentar a inflação

Além de ameaçarem a oferta de produtos e serviços de saúde, os bloqueios podem provocar impacto nos preços e na inflação. Os supermercados já registram problemas de desabastecimento, principalmente de produtos perecíveis, como frutas, legumes, verduras, carnes, frios e laticínios, além do aumento do movimento de consumidores, que temem o risco de falta dos itens nas gôndolas.

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Na terça-feira (1º), 70% dos supermercados já registravam problemas de abastecimento no país. Segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), as regiões mais afetadas eram Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.


Entre os itens que começam a faltar nas gôndolas estão frutas, legumes, verduras, carnes, frios e laticínios, além de itens da área de mercearia e de padaria. O monitoramento da Abras também identificou uma corrida dos consumidores aos supermercados.

Alimentos como o leite e derivados, que estavam começando a ter o preço reduzido, agora podem ter uma nova alta por causa da dificuldade que os produtores estão enfrentando para o escoamento da produção.

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