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R7 Brasília

Após acionar PF sobre reuniões entre hacker e militares, Múcio se reúne com Dino e diretor-geral

Em depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, Walter Delgatti Neto afirmou que foi ao prédio do Ministério da Defesa cinco vezes

Brasília|Plínio Aguiar, do R7 em Brasília

Ministro da Defesa se reuniu com Flávio Dino
Ministro da Defesa se reuniu com Flávio Dino

Após ter pedido o apoio da Polícia Federal (PF) para investigar eventuais reuniões entre hackers e militares, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, se reuniu nesta quarta-feira (23) com o ministro Flávio Dino, titular da Justiça e Segurança Pública. À tarde, ele vai se encontrar com o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, para tratar do tema.

Como mostrou o R7, Múcio acionou a PF para investigar as possíveis entradas do hacker Walter Delgatti Neto na sede do ministério. Isso porque a pasta não possui registros dos encontros que ele disse ter tido com os militares. Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de Janeiro, o hacker afirmou que foi ao prédio cinco vezes, que a ordem partiu do ex-presidente Jair Bolsonaro e que o objetivo era pôr em prática o plano de divulgar à população informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.

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Na chegada ao ministério, Dino comentou o encontro com Múcio. "Nós estamos sempre buscando esse diálogo com as instituições militares, porque há uma atuação complementar entre segurança pública e as Forças Armadas. Há, evidentemente, neste momento, uma busca, um redimensionamento da relação entre o poder civil e as instituições militares, porque o que aconteceu nos anos recentes trouxe consequências muito graves", disse o chefe da Justiça.

"Por isso mesmo é necessário ter esse duplo trilho. De um lado, você cuida do redimensionamento, do reposicionamento. Do outro, você apura o que aconteceu de errado no passado. Então, a agenda com o Ministério da Defesa é normal, é natural, é semanal", completou.


Questionado se os atos de vandalismo de 8 de janeiro respingam nas Forças Armadas e se os militares têm conhecimento da gravidade das denúncias, Dino respondeu de forma positiva. "Eu acho que é muito nítida essa ideia de que o que aconteceu no passado não é adequado. Se nós mensurarmos a prática concreta dessa relação entre poder civil e instituições militares no passado e olharmos para hoje, há um contraste muito abissal, eu diria, e por isso mesmo a resposta é sim, acho que há compreensão quanto à importância desse novo momento nas Forças Armadas."

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Às 16h, Múcio vai se reunir com o chefe da PF para tratar do tema. A liberação pela corporação dos nomes que estiveram no Ministério da Defesa depende da autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator do caso. Ainda não há decisão nesse sentido. 

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