Brasília Esposa de coronel Naime pede doações via Pix após STF bloquear salário do marido preso

Esposa de coronel Naime pede doações via Pix após STF bloquear salário do marido preso

Mariana Naime usou as redes sociais para pedir contribuições; PM está preso desde fevereiro por ordem de Moraes

  • Brasília | Camila Costa, do R7, em Brasília

Naime, ex-chefe da PMDF, teve salário bloqueado

Naime, ex-chefe da PMDF, teve salário bloqueado

Jefferson Rudy/Agência Senado - 26/6/2023

A família do coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), preso desde fevereiro sob suspeita de omissão nos atos do 8 de Janeiro, está pedindo doações via Pix. Mariana Naime, esposa do coronel, usou as redes sociais para criticar a prisão do marido e divulgar diversas contas bancárias para receber as doações. O salário do coronel está bloqueado por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

No post, a esposa do coronel afirma que “o salário foi bloqueado” e diz que isso tem “impactado” a vida de toda a família. “Hoje, mais do que nunca, nossa família precisa do apoio de vocês. Pedimos ajuda de cada um de vocês, seja através de doações ou compartilhando nossos dados. Qualquer ajuda é valiosa nesse momento difícil”, diz a postagem de Mariana.

Compartilhe esta notícia no WhatsApp
Compartilhe esta notícia no Telegram

De acordo com a PMDF, Naime continua recebendo salário, porém as contas bancárias estão bloqueadas.

Naime trabalhava no setor que planejou a segurança da Esplanada dos Ministérios nos atos extremistas do 8 de Janeiro. Dias antes, o coronel da PMDF pediu folga e não estava trabalhando no dia das invasões do STF, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.

O ex-chefe da Polícia Militar foi preso por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, em 7 de fevereiro, dentro da quinta fase da Operação Lesa Pátria. Ele é o único entre as autoridades investigadas que continua detido. O então comandante-geral da PMDF no dia dos atos extremistas coronel Fábio Augusto Vieira e o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres foram soltos.

Em junho, Naime prestou depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, no Senado. Ele chegou a apresentar um atestado médico para não depor no colegiado, mas recuou e decidiu falar. O coronel afirmou que, no dia dos atos, chegou a ligar para Ricardo Cappelli, então interventor federal no DF, mas não recebeu resposta.

Cappelli foi nomeado interventor federal no DF no início da noite de 8 de janeiro, quando a situação na Esplanada havia saído do controle e as sedes dos Três Poderes já haviam sido invadidas. Naime acabou exonerado por Cappelli dois dias depois, em 10 de janeiro.

Últimas