Bolsonaro diz que 'casamento' com Paulo Guedes é 'indissolúvel'
Declaração foi dada durante lançamento do novo modelo regulatório do Inmetro, nesta sexta (25). 'Não existe divórcio', afirmou o presidente
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira (25), que seu "casamento" com o ministro da Economia, Paulo Guedes, é "indissolúvel" e que "não existe divórcio". A declaração ocorreu durante cerimônia de lançamento do novo modelo regulatório do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), autarquia vinculada ao Ministério da Economia.
"E, confesso, pouco sabia sobre o Inmetro. E começamos a trabalhar nesse sentido, até que, em dado momento, eu falei para o Paulo Guedes que acabou a cota do secretário. Ou resolve agora ou... Né? O meu casamento com o Paulo Guedes é indissolúvel, não existe divórcio", disse.
Antes de falar sobre Guedes, Bolsonaro discursava sobre medidas como a criação de novos tacógrafos, que acarretariam custos para o consumidor. "Eu descobri que queriam modernizar os tacógrafos do Brasil. Só de caminhões são 2,7 milhões, aproximadamente R$ 500 para cada caminhoneiro. Pesa a pessoa", destacou. A categoria é uma das bases eleitorais do mandatário.
Recentemente, Guedes foi questionado durante uma entrevista se aceitaria comandar o Ministério da Economia em eventual segundo mandato de Bolsonaro. “Tem muita coisa sendo feita, que eu acho que essa aliança de centro-direita deveria seguir. E eu acho que eu seria alguém que estaria disposto a continuar”, afirmou na ocasião.
Modelo regulatório
De acordo com o Inmetro, a implementação da medida será gradual e se dará em cinco anos. O novo modelo regulatório é um sistema de governança para trazer mais previsibilidade e eficiência à atuação regulatória do Inmetro. O objetivo da autarquia é eliminar custos adicionais ao setor produtivo, facilitar o crescimento de pequenas empresas e incentivar a inovação.
Com a medida, o Inmetro estabelecerá o que deve ser observado em termos de segurança e qualidade do produto, mas não como o fabricante deverá fazê-lo. Dessa forma, se houver uma nova maneira de produzir ou de prestar algum serviço, não haverá impedimento para isso, desde que a segurança seja garantida pelo fornecedor.
Segundo o presidente do Inmetro, Marcos Heleno Guerson, a mudança regulatória ocorreu após críticas feitas pelo setor produtivo de que os processos eram demasiadamente burocráticos e os regulamentos existentes, defasados.