CCJ da Câmara: PL quer continuar com presidência, mas comando deve ser do MDB
Partido Liberal entende que pode seguir à frente do colegiado por ter a maior bancada da Câmara
Brasília|Rute Moraes e Lis Cappi, do R7, em Brasília

Considerada a comissão mais importante da Câmara dos Deputados, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa deve ficar com o MDB neste ano. O colegiado era alvo de disputa entre o União Brasil e o MDB em virtude de um acordo firmado para a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) em 2023.
Maior bancada da Câmara, o PL presidiu a CCJ em 2024 com a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), mas deseja permanecer no posto, pois considera que o acordo com Lira não foi reafirmado para a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) à Presidência da Câmara.
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Membros da legenda disseram que, por terem a maior bancada, têm a preferência no momento de indicar as comissões que desejam comandar e que, portanto, seria regimental caso optassem pela CCJ.
O centro e ala governista discordam da posição de alguns membros do PL. Em 2026, o comando da CCJ deve ficar com o União Brasil, seguindo o acordo.
Durante a gestão do PL na CCJ, a legenda pautou propostas de interesse de sua base eleitoral, a exemplo de projetos que limitam a ação do STF (Supremo Tribunal Federal), em favor do armamento civil e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que altera as disposições sobre o aborto legal no Brasil. O PL ainda deseja a relatoria do Orçamento de 2026.
Apesar de ocorrer via eleição, a definição dos presidentes das comissões permanentes da Câmara acontece por meio de acordo entre os líderes partidários. Até o momento, não há previsão de uma data para escolha dos comandos dos colegiados.