Decisão que gera crise na Receita partiu de Guedes, diz Bolsonaro
Negativa de repasse do bônus de eficiência gera crise no órgão, entrega de cargos e ameaça de greve
Brasília|Renato Souza, do R7, em Brasília
![O presidente da República, Jair Bolsonaro, fala à imprensa no Palácio da Alvorada](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/BHK62PAW7JLILADMKS33OH6XOY.jpg?auth=ede4e14a184aa7327d4e8faf12579f44f8fa37b9f4469315998aae8a57bafcc4&width=771&height=419)
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que foi o ministro da Economia, Paulo Guedes, quem decidiu não conceder o bônus de eficiência a servidores da Receita Federal. Em razão do comportamento rígido do governo em relação aos profissionais do fisco, o órgão já registra 625 pedidos de exoneração de cargos de confiança. Além disso, uma greve na Receita pode travar os trabalhos de fiscalização neste fim de ano.
Para Bolsonaro, o valor total da concessão do bônus de eficiência geraria um custo de R$ 200 milhões, cumpriria uma previsão legal e não haveria motivos para negar a solicitação. Questionado sobre as renúncias e a eventual greve na Receita, o presidente destacou que a decisão foi de Paulo Guedes.
"Isso aí eu vou conversar com o Paulo Guedes de novo. Eles queriam a regulamentação de um bônus de produtividade. Custava nada. Custava R$ 200 e poucos milhões. E a Economia que resolveu não ceder", disse o presidente.
Leia também
O chefe do Executivo destacou que o pedido não se trata de uma reestruturação e que o tema ainda será alvo de conversas. "Da minha parte eu teria cedido, porque não é restruturação, não é nada. É o cumprimento de um requisito legal. Não precisa ser tão rígido desta maneira. Aqui não é uma empresa. A gente não quer estourar teto, não quer fazer nenhuma estripulia, mas não custava nada atender", completou Bolsonaro.