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Dia Mundial de Combate à Pólio é celebrado nesta terça, e Brasil não atinge meta de cobertura há 8 anos

Dos 95% esperados, apenas 77,2% da população foi imunizada em 2022, o que acende alerta para a possibilidade de a doença voltar

Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

Pólio é considerada eliminada no Brasil desde 1994
Pólio é considerada eliminada no Brasil desde 1994

O Dia Mundial de Combate à Poliomielite é comemorado nesta terça-feira (24) e chama atenção para o fato de o Brasil não alcançar a meta de 95% da cobertura vacinal contra a doença, também conhecida como paralisia infantil, desde 2015, ano a partir do qual o percentual se mantém abaixo do esperado. Apesar disso, o último caso foi registrado em 1989 no país, onde a pólio é considerada eliminada desde 1994.

Os dados mais recentes, referentes a 2022, revelam que apenas 77,2% da população recebeu a vacina, o que acende um alerta para a possibilidade de a doença voltar.

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A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirma que as baixas coberturas vacinais contra a doença deixam a população desprotegida.

Manter a vacinação contra a poliomielite em dia é a melhor forma de evitar a reintrodução da paralisia infantil no país.

(Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde)

Segundo o ministério, a poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode causar paralisia dos membros inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção, e todas as crianças menores de 5 anos devem ser vacinadas.


Ainda segundo o ministério, a cobertura vacinal da pólio vem apresentando resultados abaixo da meta de 95%. Os dados mais recentes mostram que apenas 71,04% da população foi vacinada em 2021; 76,79% em 2020; e 84,19% em 2019.

Leia também: Caso suspeito de poliomielite em criança é investigado no país


Reforço e troca por versão injetável

Para tentar reverter esse quadro, o ministério lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, para promover o discurso de que vacinas protegem e são seguras. "Coloquem as cadernetas de vacinação em dia. Vacinas salvam vidas", reforça a secretária.

A vacina oral contra a poliomielite, conhecida popularmente como "gotinha", deve ser substituída por uma versão injetável nos próximos anos. A iniciativa é uma forma de reforçar a proteção contra a doença e evitar uma maior propagação do vírus no ambiente.

Poliomielite no DF

O Distrito Federal não alcança a meta de cobertura vacinal contra a pólio desde 2017. Dados do Ministério da Saúde informam que, em 2022, 78,33% da população foi imunizada.

Segundo a Secretaria de Saúde do DF, a cobertura para o calendário infantil, de menores de 2 anos, foi de 68,8% de janeiro a abril deste ano. O último caso registrado no DF foi em 1987.

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