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Economia do DF cresce 7,5% no segundo trimestre do ano

Número é recorde na série histórica. Alta foi puxada por expansão do setor de serviços e vendas da indústria

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

O setor de serviços é predominante e corresponde a 95,3% da estrutura produtiva do DF
O setor de serviços é predominante e corresponde a 95,3% da estrutura produtiva do DF O setor de serviços é predominante e corresponde a 95,3% da estrutura produtiva do DF

Entre abril e junho deste ano, a atividade econômica no Distrito Federal cresceu 7,5% na comparação com o mesmo período de 2020. A variação é o maior salto da série histórica que começou em 2012. Os dados são da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e foram divulgados nessa quarta-feira (15). 

O Índice de Desempenho Econômico do DF (Idecon-DF) é divulgado trimestralmente pela Companhia e avalia a riqueza gerada com as atividades econômicas. O desempenho da indústria e do setor de serviços, que cresceram 11,2% e 7,4%, contribuíram para elevar o indicador. 

No caso da agropecuária, houve retração de 0,8%, já que a colheita foi impactada pela estiagem. A Codeplan aponta queda de 41,9% na safra de feijão. No caso do milho, a produção deve ser 33,7% menor do que na colheita passada.

Segundo o relatório da Codeplan, o aumento nas vendas do comércio ajudou a alavancar os indicares, principalmente nos segmentos de veículos, peças automotivas, construção civil, vestuário, móveis, eletrodomésticos, artigo de uso pessoal, livros e papelaria, além de serviços de transportes, correio, alimentação serviços domésticos e educação.

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No cenário ecônomico local, o setor de serviços é predominante e corresponde a 95,3% da estrutura produtiva do DF, sendo 47,2% desse total concentrado na administração pública. A indústria tem 4,2% de participação no perfil produtivo, e a agropecuária, apenas 0,5%. 

"O principal responsável pelo desempenho da atividade econômica do Distrito Federal, o Setor de Serviços, que representa 95,3% da economia, cresceu de abril a junho 7,4% em relação a igual período do ano anterior", detalhou o presidente da Codeplan, Jean Lima.

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Apesar dos indicadores positivos, os especialistas avaliam que é preciso ter cautela. "É um número bom, mas não é conclusivo", afirma o economista Newton Marques. "A base ficou tão baixa no ano passado que qualquer crescimento repercute bastante", ponderou. Ele lembrou que nesse mesmo período em 2020, o DF atravessava um período de fechamento das atividades econômicas por conta da pandemia de Covid-19. "Esse crescimento é limitado porque não temos continuidade, tem muita coisa que a gente compra de fora porque a nossa indústria não produz".

No ano passado, a economia local enfrentava o agravamento da crise econômica depois do fechamento do comércio em função da pandemia de covid-19. No período, o tombo na economia distrital foi de 3,9%. O desemprego chegou à taxa de 21,6%. Em junho deste ano, atingiu a casa dos 18,7%. 

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Para o consultor financeiro Renan Sujii, o avanço da campanha de vacinação também contribuiu para a retomada econômica. "É uma política não só sanitária, mas também econômica. Com menos restrição de circulação, a tendência é que a gente continue surfando nessa retomada", explica. Ele diz que políticas de governo como os auxílios também ajudaram a aquecer a economia, mas que o desafio será observar como o cenário econômico vai se acomodar sem eles no ano que vem. 

Por isso, Sujii pondera que o crescimento econômico do DF para o ano que vem deve ser modesto. "A gente vê com certa cautela porque tem fatores de risco: o risco eleitoral, o lado negativo da retomada, que é a inflação, puxada pela energia elétrica e choques de demanda e oferta, e a taxa de juros". 

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