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Em prisão domiciliar, Bolsonaro pede autorização para receber barbeiro pessoal

Ex-presidente está em prisão domiciliar desde agosto por determinação do ministro Alexandre de Moraes

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Jair Bolsonaro solicitou autorização ao STF para receber seu barbeiro pessoal durante a prisão domiciliar.
  • A prisão domiciliar foi estabelecida em agosto por determinar ações relacionadas a crimes como obstrução de investigações.
  • Bolsonaro já recebeu visitas, incluindo de autoridades e políticos, mas enfrenta restrições rigorosas, como uso de tornozeleira eletrônica.
  • Violação das regras pode resultar em prisão preventiva imediata.

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Bolsonaro está em prisão domiciliar desde agosto Wilton Junior/ Estadão Conteúdo/ 15/09/2025

O ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou, nesta quarta-feira (8), ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes autorização para receber seu barbeiro pessoal na casa em que cumpre prisão domiciliar desde agosto, em Brasília.

Segundo o documento, o profissional é considerado “de confiança”, e o atendimento “ocorrerá exclusivamente para prestação de serviços de barbearia, observando-se integralmente as restrições impostas por este Supremo Tribunal”.


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Essa não é a primeira visita solicitada pelo ex-chefe do Executivo. No fim de setembro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), esteve com Bolsonaro.

No mesmo mês, o ministro Alexandre de Moraes autorizou o ex-presidente a receber as visitas do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o deputado federal Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). Além dos políticos, Bolsonaro está autorizado a receber médicos e os filhos.


Prisão domiciliar

Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar no âmbito de um processo que apura crimes como coação, obstrução de investigações e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O procedimento investiga supostas ações do ex-presidente, de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e do jornalista Paulo Figueredo.


Em 17 de julho, a Justiça determinou o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e total nos fins de semana, além de restrições quanto a viagens, contato com autoridades estrangeiras, outros investigados e uso de redes sociais.

No dia 21 de julho, o Supremo referendou as medidas, esclarecendo que a proibição de redes sociais incluía qualquer forma de veiculação indireta, como transmissões ou publicações feitas por terceiros em nome do investigado.


Na mesma data, Bolsonaro divulgou nas redes sociais imagens da tornozeleira e fez declarações direcionadas ao público digital. Os advogados foram intimados, e, mesmo com a manutenção das medidas, o comportamento continuou.

Em 3 de agosto, aliados exibiram vídeos e ligações telefônicas em que Bolsonaro discursava durante manifestações. As postagens envolviam símbolos estrangeiros e apoio a tarifas contra o Brasil, sendo interpretadas como uma forma de incitar interferência internacional no Judiciário.

A conduta foi classificada como “continuação delitiva” e tentativa consciente de desmoralizar a Justiça. Alexandre de Moraes destacou que a legislação se aplica a todos, independentemente de influência política ou econômica.

Diante das violações sucessivas, o ministro determinou prisão domiciliar integral, com proibição de visitas (salvo autorização formal), uso de dispositivos eletrônicos e comunicação com investigados ou autoridades estrangeiras. A decisão prevê prisão preventiva imediata em caso de nova infração.

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