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Flávio Bolsonaro diz que assassinato de guarda petista é 'ato isolado e irresponsável'

Senador repudiou atentado e acusou a esquerda de ser violenta. Guarda municipal foi baleado por apoiador de Bolsonaro

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília


O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

Um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) repudiou o assassinato do militante do Partido dos Trabalhadores (PT) e guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos. Ele foi morto na madrugada deste domingo (11) em sua festa de aniversário, cuja decoração fazia alusão ao PT, pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador de Bolsonaro, em Foz do Iguaçu (PR).

"Repudio o atentado contra a vida do guarda municipal de Foz do Iguaçu. Um ato isolado e irresponsável que absolutamente nada tem a ver com as pautas que defendemos para o Brasil. Não somos assim, não precisamos de mais 'Adélios' [homem que esfaqueou Bolsonaro, em 2018], não podemos e não vamos nos igualar à esquerda", escreveu o senador em seu Twitter.

Ao repudiar o ato, Flávio acusou a esquerda de ser violenta e publicou o texto junto com um vídeo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à Presidência da República, que foi usado por apoiadores de Bolsonaro neste domingo.

No vídeo em questão, Lula agradece a um ex-vereador, indiciado por agressão, por tê-lo defendido ao empurrar um empresário, em 2018. A vítima bateu a cabeça em um caminhão e chegou a ficar desacordada, com traumatismo craniano.

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Após a morte de Arruda, diversas declarações de Bolsonaro foram resgatadas, como uma feita no Acre durante a campanha de 2018. Na ocasião, ele afirmou, fazendo um gesto que remetia a armas: “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre, hein? Vamos botar esses picaretas para correr do Acre".

O presidente se justificou neste domingo dizendo que "nem a pior, nem a mais mal utilizada, força de expressão será mais grave do que fatos concretos e recorrentes".

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O crime

Líder do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda foi morto na madrugada deste domingo em sua festa de aniversário. Ele foi baleado por Jorge Guaranho e reagiu à agressão, atirando contra o policial penal, que está internado em estado grave, segundo a Sesp/PR (Secretaria de Segurança Pública do Paraná).

O guarda municipal foi candidato a vice-prefeito da cidade pelo PT nas eleições de 2020. O boletim de ocorrência da Polícia Civil informa que, segundo relatos de testemunhas, Guaranho era desconhecido de todos na festa. Ele chegou ao local de carro, acompanhado de uma mulher e uma criança. Com uma arma em punho, gritou "Aqui é Bolsonaro" e saiu.

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Conforme o relato do boletim de ocorrência, vinte minutos depois o policial penal retornou ainda armado e sozinho. A esposa do aniversariante, que é policial civil, se identificou no momento em que Marcelo Arruda também informou que era guarda civil e sacou sua arma. Foi quando Jorge Guaranho efetuou dois disparos na direção de Arruda, que mesmo atingido e caído no chão revidou os tiros.

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A delegada da Polícia Civil Iane Cardoso explicou que, segundo testemunhas, o policial penal chegou à festa de Arruda ouvindo uma música que remetia ao presidente Bolsonaro. De acordo com ela, pelas imagens é possível observar que Guaranho chegou à festa e disse alguma coisa enquanto Arruda pedia que ele fosse embora.

Guaranho saiu, mas em seguida retornou e disse algo. Quando o policial penal se retirou, Arruda atirou pedras contra o veículo que ele conduzia, explicou a delegada. O policial penal, então, disse que iria retornar, o que fez minutos depois, ocasião em que disparou contra o guarda municipal.

Inicialmente, a Polícia Civil afirmou que Guaranho havia morrido. A informação foi corrigida pela delegada, que disse em entrevista coletiva que Guaranho está vivo. "O agente penal não veio a óbito. Ele está em estado estável e foi autuado em flagrante. O delegado que estava de plantão autuou o indivíduo em flagrante delito. Ele está custodiado pela Polícia Militar enquanto recebe auxílio médico", explicou.

A Sesp-PR informou ainda que a Polícia Civil está investigando o caso, com análise de imagens de câmera de segurança e oitiva de testemunhas: "A Polícia Científica está atuando no procedimento pericial que auxiliará para que os fatos sejam esclarecidos e o inquérito policial relatado e encaminhado à Justiça".

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