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R7 Brasília

Governadores pedem a Pacheco apoio contra mudanças no ICMS

Presidente do Senado se reuniu virtualmente com governadores. Um novo encontro está agendado para a próxima semana 

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Na reunião com Rodrigo Pacheco, os representantes dos estados se posicionaram contra mudança de cálculo no ICMS
Na reunião com Rodrigo Pacheco, os representantes dos estados se posicionaram contra mudança de cálculo no ICMS

Governadores levaram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), nesta quinta-feira (21), o compromisso de apoiar uma reforma tributária ampla na tentativa de barrar a deliberação da proposta que muda o cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Congresso. Uma nova rodada de conversas ficou agendada para a semana que vem, dessa vez com a presença de representantes da Petrobras. 

O encontro desta quinta ocorreu de forma virtual, atendendo a um pedido do Fórum Nacional de Governadores. O objetivo foi propor alternativas para uma diminuição do preço dos combustíveis sem que, para isso, seja necessário que o Senado aprove a proposta que altera a cobrança do ICMS para que o cálculo seja feito com base no preço médio dos combustíveis nos dois anos anteriores. Atualmente, usa-se o preço dos últimos 15 dias para a definição. 

Os líderes estaduais e municipais temem perda de arrecadação com a medida. O Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários da Fazenda dos Estados e do Distrito Federal) calcula que os entes federados perderão aproximadamente R$ 32 bilhões e avalia que o projeto é inconstitucional.

A alternativa apresentada é o apoio ao relatório do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) da PEC 110/2019, que propõe uma reforma tributária ampla. No parecer, há a sugestão de criação de um modelo conhecido como "dual". Por um lado, ele unifica os impostos federais IPI, PIS e Cofins e cria uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Por outro, os tributos estaduais e municipais, ICMS e ISS, se fundem no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).


"Ante as inúmeras distorções do modelo tributário atual, […] faz-se necessário harmonizá-lo com as melhores práticas internacionais, de modo a corrigir o cenário atual de deterioração do ambiente de negócios e de ausência de crescimento econômico", defende o Comsefaz.

A primeira rodada de conversas trouxe otimismo aos governadores em relação à condução das discussões no Senado em torno do ICMS. "Diferentemente da Câmara, o Senado está ouvindo as partes para tomar uma decisão que seja compatível para uma solução do preço dos combustíveis e para a perversa e injusta carga tributária brasileira", disse o coordenador do Fórum Nacional de Governadores e líder do Executivo do Piauí, Wellignton Dias (PT). 


Além da defesa ao relatório da PEC 110/2019, os governadores articulam a capitalização do fundo de equalização dos combustíveis, a fim de fazer com que os preços não oscilem com as variações do câmbio e do preço do barril. Segundo os líderes estaduais, essa proposta faria o litro da gasolina cair para R$ 4,50. Representantes da Petrobras devem estar presentes na nova rodada de conversas, programada para a próxima semana. 

O objetivo da participação da Petrobras é debater de que forma a empresa pode colaborar na discussão sobre o preço dos derivados de petróleo, uma vez que é ela a responsável pela política de preço dos combustíveis. Também deve ser formado um grupo de trabalho com a representação dos estados por região, membros do Comsefaz e do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), além de senadores e técnicos legislativos. 

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