A Justiça do Distrito Federal condenou Deyvid Moraes Silva pelo duplo homicídio triplamente qualificado contra um casal de jovens, Wellington Pereira e Krislany de Sousa Cardoso, e por corrupção de menores. A pena foi fixada em 39 anos e quatro meses de reclusão em regime inicial fechado. Segundo as investigações, o homem foi o mandante do crime, cometido em busca de vingança por uma tentativa de homicídio, que teria sido supostamente praticada por pessoas ligadas a uma das vítimas.A denúncia da promotoria apontou motivo torpe, em razão da vingança, e emprego de meio cruel, devido espancamento e brutalidades praticadas contra as vítimas antes da morte. A Justiça também avaliou que o crime foi cometido com recurso que dificultou a defesa das vítimas, pois os acusados se aproveitaram da amizade que tinham com Wellington e Krislany para enganá-los e levá-los para um local isolado.O crime ocorreu na noite de 25 de setembro de 2020, por volta das 22h, em uma área rural de Planaltina, às margens da DF-430, próxima à Distribuidora de Água Mineral Itiquira. A mando de Deyvid, Frederico, acompanhado de um menor de idade, buscou seu amigo Wellington com o pretexto de irem a uma festa. No trajeto, a vítima pediu que sua esposa, Krislany, os acompanhasse. O percurso foi desviado e ambos foram levados a um local isolado, onde sofreram tortura e foram assassinados por Frederico com disparos de arma de fogo, espancamento e facadas. O casal deixou uma criança de três anos.O julgamento de Frederico estava previsto para essa mesma sessão, mas não ocorreu porque ele desconstituiu o advogado, que se recusou a alinhar a linha de defesa com Deyvid. O advogado relatou que Frederico vem sofrendo ameaças pelo advogado ligado à Deyvid para se manter em silêncio sobre o caso. Diante da situação, o julgamento em relação ao executor Frederico foi suspenso para que o réu constitua nova defesa.Com informações do Ministério Público do DF