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Justiça do DF mantém prisão de suspeita de ataque à sede da Polícia Federal

Decisão foi divulgada nesta sexta-feira (30); ela foi presa durante a Operação Nero, realizada no DF e em sete estados

Brasília|Karla Beatryz*, do R7, em Brasília

Ônibus incendiado por vândalos depois de ataque à sede da Polícia Federal, em Brasília
Ônibus incendiado por vândalos depois de ataque à sede da Polícia Federal, em Brasília

A Justiça do Distrito Federal decidiu manter a prisão da publicitária Klio Damião Hirano, suspeita de participar do ataque à sede da Polícia Federal, em Brasília, em 12 de dezembro. Ela foi detida durante a Operação Nero, realizada pela PF em parceria com a Polícia Civil do DF nessa quinta-feira (29). A decisão foi publicada nesta sexta-feira (30). 

Em 2020, Klio foi candidata a prefeita de Tupã (SP) pelo PRTB, mas não foi eleita.

A juíza Viviane Kazmierczak, responsável pela audiência de custódia, disse que não identifica ilegalidade no cumprimento do mandado de prisão expedido e que, portanto, manteria a restrição de liberdade da mulher. "Não vislumbro ilegalidades no cumprimento do mandado de prisão expedido, motivo pelo qual determino a remessa dos autos ao órgão judicante cuja decisão originou a ordem de prisão, para as providências pertinentes", afirma.

Operação Nero

A Polícia Federal e a Polícia Civil do DF cumpriram 32 mandados de prisão na manhã de quinta-feira (29) contra os suspeitos do ataque à sede da Polícia Federal, em Brasília, ocorrido em 12 de dezembro. Eles também são investigados por participar de outros atos de vandalismo na mesma data na capital federal, como depredação do prédio da 5ª Delegacia de Polícia Civil, incêndios em veículos e ônibus.


Um dos alvos da operação foi Alan Diego Rodrigues, suspeito de envolvimento na tentativa de detonação de uma bomba no aeroporto de Brasília. A ação ocorreu nos estados de Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

Relembre o caso

Manifestantes tentaram invadir a sede da PF após a prisão do indígena José Acácio Tserere Xavante, que questionava o resultado das eleições deste ano. Os protestos começaram no início da noite, na Asa Norte, região central de Brasília.


Os envolvidos atearam fogo nos carros estacionados no Setor Hoteleiro Norte. As equipes da Polícia Federal reagiram e pediram reforço da Polícia Militar do DF, que cercou o local e usou bombas de gás e balas de borracha para afastar os participantes do ato.

Sem conseguir invadir o prédio da PF, os manifestantes atearam fogo em ônibus e veículos particulares, além de terem depredado equipamentos públicos. Também houve ataque a lojas da região e à 5ª Delegacia de Polícia Civil.

*Estagiária sob supervisão de Fausto Carneiro.

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