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Justiça Federal proíbe que donos da 123milhas deixem o país e autoriza condução coercitiva à CPI 

A decisão foi tomada pelo juiz Edison Grillo, da 3ª Vara Federal Criminal. Novo depoimento está previsto para quarta-feira (6)

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, com Caroline Aguiar, da Record TV

Carrinho com placa de propaganda da 123milhas
Carrinho com placa de propaganda da 123milhas Carrinho com placa de propaganda da 123milhas

A Justiça Federal proibiu os donos da 123milhas de saírem do país e autorizou condução coercitiva dos empresários à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, caso não compareçam à Câmara dos Deputados na data prevista. A decisão foi tomada na sexta-feira (1º) pelo juiz Edison Grillo, da 3ª Vara Federal Criminal.

O novo depoimento de Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira está previsto para a quarta-feira (6). Na decisão, o juiz menciona que ambos não podem deixar o país até a data da oitiva. Caso os empresários não forem por vontade própria, a Polícia Federal de Minas Gerais está autorizada a conduzi-los de forma coercitiva.

"Eles têm o dever jurídico não só de comparecimento, mas também de fiel observância dos trâmites legais inerentes à convocação, não lhes sendo facultada a prerrogativa de a seu bel-prazer escolherem data de apresentação, pois, senão, eles teriam o condão de frustrar e dificultar as atividades investigativas da CPI, o que não é possível conceber, já que os trabalhos do Legislativo Federal não podem ser combalidos a qualquer pretexto", diz o juiz.

"A postura das testemunhas de desrespeitarem a convocação para depor no dia 30 de agosto de 2023 revelou-se não justificada e implicou a presunção jurídica da legalidade da condução coercitiva", completou. O juiz acrescenta que os empresários estão sujeitos à aplicação das sanções previstas no Código de Processo Penal, imposição de multa, condenação ao pagamento das custas da diligência e eventual persecução pelo delito de desobediência, na hipótese de não comparecimento injustificado à CPI.

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Os irmãos Soares Madureira foram convocados para ir à CPI em 30 de agosto, mas alegaram "questão de agenda" e pediram o adiamento do depoimento. O colegiado, então, acionou para que fosse autorizada a condução coercitiva dos empresários. Os sócios deveriam explicar a suspensão da emissão das passagens aéreas já compradas pelos consumidores, entre outros pontos.

Em 18 de agosto, a 123milhas anunciou a suspensão das viagens, o que afetou embarques contratados previstos para o período de setembro a dezembro deste ano. A companhia disse que devolveria de forma integral os valores pagos pelos clientes com correção monetária, mas por meio de vouchers. A empresa também deu entrada no processo de recuperação judicial — a dívida acumula é de cerca de R$ 2,3 bilhões.

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