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Lewandowski diz que fuga em Mossoró não afeta segurança de outras prisões federais

Ministro da Justiça afirmou, neste domingo (18), ao chegar ao Rio Grande do Norte, que o episódio se trata de 'problema localizado'

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Ministro disse que se trata de problema "localizado"
Ministro disse que se trata de problema "localizado" WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO – 06.02.2024

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse neste domingo (18) que o episódio de fuga de dois detentos da prisão de segurança de Mossoró (RN) “não afeta, em hipótese nenhuma, a segurança das cinco unidades prisionais federais". Lewandowski, porém, admitiu que "é um problema localizado e será superado em breve com a colaboração de todos”.

A declaração foi feita hoje de manhã em Mossoró, logo após o ministro desembarcar no aeroporto da cidade vindo de Brasília. Lewandowski estava acompanhado da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT). O ministro elogiou o “entrosamento das equipes e os esforços feitos”.

“O Brasil é um país que está unido no diálogo federativo, cultivando as relações republicanas e o diálogo democrático”, pouco antes de acrescentar que a situação será “superada em breve”.

Lewandowski em Mossoró (RN)

Lewandowski chegou ao estado na manhã por volta das 9h30 deste domingo para acompanhar as buscas dos dois detentos que fugiram da prisão de segurança máxima na madrugada de quarta-feira (14).


O ministro está acompanhado pelo diretor-geral da Polícia Federal em exercício Gustavo Souza e foi recebido, além da governadora do estado, pelo secretário Nacional de Polícias Penais, André Garcia, que está na região desde quarta, quando os presos fugiram.

O pronunciamento de Lewandowski foi feito na Delegacia da Polícia Federal em Mossoró, onde ele se reúne a portas fechadas com a equipe que lidera as buscas. A expectativa é que ainda nesta tarde Lewandowski faça um novo pronunciamento à imprensa.


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Fugitivos da penitenciária de Mossoró (RN) são procurados nos arredores da cidade Divulgação/Secretaria Nacional de Políticas Penais

Na sexta-feira (16), os presos chegaram a fazer uma família refém a cerca de 15 km da prisão. Segundo fontes da RECORD, os criminosos supostamente invadiram uma casa, onde ficaram por cerca de 4 horas, pediram comida e roubaram um celular. Em seguida, teriam deixado o local.

Mais de 300 agentes estão envolvidos na busca pelos criminosos. Drones com sensores térmicos são usados nas buscas, mas os equipamentos confundem o calor das rochas da vegetação com a temperatura do corpo humano.


A penitenciária de Mossoró tem, em média, quatro agentes de execução penal para cada preso. Os dados, que são do Painel Estatístico de Pessoal do governo federal e da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), foram coletados pelo R7.

Segundo os números oficiais, o país tem 1.493 servidores do tipo ativos, dos quais 16,7% (249) estão lotados em Mossoró.

A prisão de segurança máxima tem, no total, 68 detentos — segundo menor número de presos de uma penitenciária federal, atrás apenas da unidade de Brasília (DF). Significa dizer que o presídio tem quase quatro vezes mais servidores desse tipo do que detentos.

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