Moraes e família pedem ao STF para agendar acesso às filmagens do aeroporto da Itália
O caso aconteceu em 14 de julho, quando o ministro esteve no país europeu com a família para participar de uma palestra
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e família pediram à Corte para agendar data para terem acesso às mídias da confusão no aeroporto de Roma, na Itália. O caso aconteceu em 14 de julho, quando o ministro esteve no país europeu com a família para participar de uma palestra no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena.
Antes disso, o ministro Dias Toffoli, relator do caso, negou compartilhar cópia das filmagens do aeroporto de Roma com a defesa dos supostos agressores.
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Mesmo que o ministro Toffoli tenha retirado o sigilo das investigações, está mantida a preservação das imagens das câmeras de segurança do aeroporto. Apenas as partes do processo podem assistir às imagens, mas com com algumas restrições.
O inquérito da Polícia Federal sobre o tumulto revelou que o empresário Roberto Mantovani "parece bater as costas de sua mão direita no rosto de Alexandre Barci", filho de Moraes.
Em depoimento à PF, Moraes, a esposa e os filhos afirmaram que as ofensas e as agressões sofridas pela família no aeroporto tiveram motivação política e ocorreram com o intuito de causar constrangimento ao magistrado. A defesa dos agressores nega ter havido um empurrão e cita desentendimento.
Relembre o caso
Alexandre de Moraes estava com a família na Itália. Os brasileiros o encontraram no aeroporto e teriam hostilizado o ministro e sua família com xingamentos e ofensas. Moraes conduziu o TSE durante as eleições de 2022 e é relator dos inquéritos sobre os ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes.
Os três brasileiros foram abordados pela PF no desembarque no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Os suspeitos estão sendo processados pelo ministro. Segundo o Código Penal, os crimes praticados por brasileiros no exterior ficam sujeitos à lei brasileira.
Moraes, a mulher dele e os três filhos do casal depuseram à Polícia Federal no dia 24 de julho. No depoimento, o ministro reafirmou as ofensas que ele e a família supostamente receberam dos suspeitos e teria relatado uma agressão a um dos filhos.