MST invade prédio de órgão responsável por regularização fundiária em Belém
Manifestantes ocuparam sede do Instituto de Terras do Pará para pressionar por reforma agrária
Brasília|Do R7
Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) invadiram a sede do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), em Belém. O órgão é responsável pela regularização fundiária e titulação de terras no estado.
A invasão ocorreu na manhã desta terça-feira (7). De acordo com o Iterpa, o local foi liberado no início da tarde.
Em publicação nas redes sociais, o MST descreveu o ato como "luta". "As mulheres Sem Terra em Belém estão em Luta. Vindas de diversos municípios do Pará, ocuparam o Iterpa e reivindicam os direitos dos seus territórios", escreveu o movimento.
Em nota, o Iterpa confirmou a presença dos manifestantes no prédio para tratar de decisões judiciais sobre processos de reintegração de posse, além de questões ligadas à reforma agrária.
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"O Instituto de Terras do Pará esclarece que recebeu representantes do Movimento Sem Terra, na manhã de terça-feira (7), para tratar sobre pedidos de regularização fundiária em áreas que aguardam decisões judiciais em ações de reintegração de posse, que estão em tramitação no Poder Judiciário, além da implementação de políticas de reforma agrária. Os representantes deixaram o prédio do Iterpa no início da tarde", relatou o órgão.
O R7 procurou o MST, mas não recebeu retorno até a última atualização deste texto.
Bahia
Três fazendas da empresa de papel e celulose Suzano foram invadidas pelo MST na semana passada, nos municípios baianos de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas. Cerca de 1.700 integrantes do movimento participaram dos atos. Uma das justificativas apresentadas para as invasões seria o descumprimento, por parte da Suzano, de um acordo firmado em 2011 sobre o assentamento de famílias.
Os manifestantes foram retirados dos locais invadidos nesta terça-feira (7). De acordo com o próprio MST, a reintegração ocorreu de forma pacífica e foi acompanhada por profissionais de assistência social, policiais militares e seguranças da Suzano. Após o despejo, os militantes seguiram para acampamentos vizinhos.