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'Não tem dinheiro, é uma realidade', diz Mourão sobre reajuste a servidor federal

Para ele, é preciso 'aumento consistente' do PIB para conceder aumento justo; vice diz que 5% não é ideal, mas 'é o possível'

Brasília|Lucas Nanini, do R7, em Brasília

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) declarou nesta quarta-feira (4) que não dá para conceder reajuste salarial às diversas categorias do serviço público federal, incluindo os funcionários do BC (Banco Central), se não aumentar a arrecadação. "Não tem dinheiro, é uma realidade", afirmou, citando a pandemia e o conflito entre Rússia e Ucrânia como fatores que impactaram a economia e impossibilitaram incremento no rendimento do servidor público, inclusive membros das forças de segurança.

"Vale pra todo mundo [todas as categorias do funcionalismo público]. Qual a decisão de hoje que não está oficializada? Seria o aumento linear para todo mundo, de 5%. É o necessário? Não, não é. Mas é o possível", disse.

Segundo o vice-presidente, discussões sobre aumento salarial nunca saem da pauta e é normal que haja pressão por reajustes. "É uma realidade. Todo mundo quer ganhar um pouquinho mais, e o patrão paga quando ele aumenta lá o rendimento dele."

Mourão ressaltou que é preciso que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça, que é necessário um "aumento de arrecadação consistente" para que o governo possa estudar o reajuste mais adequado para servidores públicos de todos os setores.


"Estamos saindo de dois anos difíceis com a pandemia, com problemas sérios no mundo, como o reflexo do conflito lá no Leste Europeu. Então, as pessoas têm que entender, nós, funcionários públicos, vamos dizer assim, temos que entender que não perdemos emprego, muita gente perdeu emprego, então o salário não está adequado para o momento por causa da inflação, mas vamos esperar a oportunidade para que isso possa se equalizar.”

Fachada do Banco Central, em Brasília; categoria pede 27% de reajuste
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Reunião entre Defesa e Fux

Mourão também falou sobre a reunião entre o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, ocorrida nesta terça-feira (3). Para o vice-presidente, eventos como esse "são encontros institucionais". "Foi o que falei pra vocês segunda-feira: as coisas vão se ajeitando, sem maiores estresses nisso daí."


Ele mencionou que o ministro Luís Roberto Barroso criou uma comissão da transparência no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e que na oportunidade pediu às Forças Armadas que prestassem auxílio. "Foi colocado o pessoal da defesa cibernética, gente altamente especializada que todo dia está fazendo a defesa dos nossos sites, que são atacados diariamente. É tudo no sentido de que a gente tenha a eleição mais correta possível. Eu não tenho dúvida que isso vai acontecer”, afirmou.

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Mourão disse que a questão em discussão não é a necessidade de uma parceria entre o Supremo, o TSE e as Forças Armadas, mas que surgiram "questionamentos" sobre as eleições, que deveriam ser respondidos para afastar qualquer hipótese de falta de transparência no processo.

"A partir do momento que há questionamento, eu acho que tudo aquilo que for feito para que seja dada a transparência, o eleitor confie no processo, eu acho que é bem-vindo", declarou. Sobre uma possível apuração paralela por parte das Forças Armadas, o vice-presidente respondeu: "Esse assunto não está ao meu alcance”.

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