Novo ministro de Portos e Aeroportos diz que não quer a privatização do Porto de Santos
Silvio Costa Filho diz que vai conversar com autoridades envolvidas no funcionamento do complexo para decidir o tema
Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
O novo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse nesta quarta-feira (13) que é contra a privatização do Porto de Santos (SP) e que vai conversar com as autoridades envolvidas no funcionamento do complexo portuário para definir a melhor forma de gestão do local.
“[Sobre] o Porto de Santos, o nosso desejo é de trabalhar pela não privatização. Mas vamos dialogar com o setor produtivo. Decisão portuária de privatização é decisão de governo. Vou ligar para o presidente [do porto, Anderson] Pomini para, já a partir de amanhã ou sexta-feira, fazermos uma reunião sobre o Porto de Santos”, disse Costa Filho em entrevista à imprensa, logo depois de tomar posse.
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O ministro ressaltou que o complexo de Santos “é um porto rentável, com quase R$ 3 bilhões em caixa, e que vai liderar a maior obra do PAC do Brasil, que é o túnel Santos-Guarujá, da ordem de R$ 5,5 bilhões”. “Então, vamos dialogar com os trabalhadores e com todos que fazem o Porto de Santos”, afirmou Costa Filho.
O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, que ocupava a pasta agora chefiada por Costa Filho, também se posicionou contra a privatização. Além disso, ele ressaltou que o ingresso de Costa Filho na pasta pode facilitar a negociação com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para que a privatização não seja feita.
“Acho que até o próprio governador de São Paulo já não pensa mais nesse formato. Nós vamos encontrar um formato, agora com a posição dele [Costa Filho], que é do mesmo partido que o do governador. Vai facilitar ainda mais essa relação, permitir, por exemplo, que a maior obra que nós vamos fazer no governo do presidente Lula, que é o túnel Santos-Guarujá, possa ser feito com a colaboração do governo do estado e da Presidência da República”, disse França.