O número de casos de dengue no Distrito Federal nas primeiras 16 semanas do ano aumentou 288,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, o DF registrou, de janeiro a abril, 38.310 casos notificados, contra 9.858 em 2021. E a expectativa da Secretaria de Saúde é que esse número continue subindo até a segunda quinzena de maio.
Os registros de casos prováveis também aumentaram em mais de cinco vezes. Eles saltaram de 6.567 da primeira à 16ª semana epidemiológica de 2021, para 35.073 no mesmo período deste ano, um aumento de 434%. O número de mortos no período, por outro lado, caiu. No ano passado, foram nove óbitos, contra um este ano.
O levantamento inclui moradores do Distrito Federal e de outras Unidades da Federação diagnosticados na capital. Os registros específicos de residentes no DF contaminados com dengue no período foi 331,2% maior que em 2021. A saúde contabilizou 36.796 casos de moradores da capital este ano, contra 8.533 de janeiro a abril do ano passado.
Leia também
Na última quinta-feira (5) durante coletiva de imprensa, o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Pedro Zancanaro destacou que a pasta já registra aumento de pacientes nas emergências dos hospitais. E segundo ele, o pior período ainda está por vir. “Será entre a primeira e a segunda quinzena de maio”, alertou.
Um alerta importante divulgado é que 97% dos focos de dengue ocorrem dentro das residências. Por isso, o combate ao Aedes aegypti só terá efetividade com a participação ativa da população. De acordo com o secretário de Saúde, Manoel Pafiadache, é importante que moradores revisem quintais e recipientes onde pode haver acúmulo de água como vazos de flores, por exemplo.
“É um apelo à população para ajudar o setor público”, afirmou. E para quem estiver com sintomas, a orientação é que procure os postos de atendimento de dengue nas Unidades Básicas de Saúde. Mas se o paciente tiver manchas roxas, mal estar intenso e alteração visual e de consciência, deverá procurar o hospital público mais próximo", afirmou Pafiadache.
A Secretaria de Saúde informou, por meio de nota, que as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti “ocorrem diariamente em todas as regiões administrativas”. Além disso, segundo a pasta, técnicos fazem análises semanais da incidência de casos por região e intensificam as ações nos locais com mais contaminados e com mais registros do mosquito.