Pai de Mauro Cid não pode visitar o filho na prisão após se tornar investigado em caso das joias
Agora, os dois são investigados por formação de organização criminosa; PF descobriu que o pai auxiliou nas negociações das joias
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
O pai do tenente-coronel Mauro Cid, general Mauro César Cid, não pode visitar o filho na prisão em razão de uma decisão do semestre passado na qual o ministro Alexandre de Moraes proíbe o coronel de se comunicar com outros investigados. Agora, como o pai também é investigado, não poderá visitá-lo.
No início de agosto, a Polícia Federal fez uma operação de combate a crimes de peculato e lavagem de dinheiro ligada ao caso das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de governos estrangeiros. O pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro é um dos alvos da operação.
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Os investigados são suspeitos de vender joias e presentes oficiais recebidos pelo ex-presidente. De acordo com a PF, eles teriam utilizado "a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior".
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Segundo a PF, as quantias obtidas com essas operações "ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, a localização e a propriedade dos valores". A Polícia Federal não informou o valor que os suspeitos teriam obtido com a venda das joias e presentes.
Nas investigações, a Polícia Federal descobriu que o general auxiliou nas negociações das joias. Uma parte dos recursos arrecadados transitou pela sua conta, e ele entregou outra a Bolsonaro em dinheiro nos Estados Unidos, antes que o ex-presidente retornasse para o Brasil.