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PGR vai investigar se Kim e Monark fizeram apologia do nazismo

Apresentador de podcast defendeu criação de partido nazista no Brasil durante entrevista com deputados nesta segunda-feira (7)

Brasília|Emerson Fonseca Fraga, do R7, em Brasília

Monark durante entrevista com Kim Kataguiri e Tabata Amaral no podcast 'Flow'
Monark durante entrevista com Kim Kataguiri e Tabata Amaral no podcast 'Flow'

O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou nesta terça-feira (8) a abertura de uma investigação para apurar se houve crime de apologia do nazismo praticado pelo apresentador do podcast Flow, Bruno Aiub (conhecido como Monark), e pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP).

Monark entrevistava os deputados Kataguiri e Tabata Amaral (PSB-SP), nesta segunda-feira (7), quando afirmou que a lei deveria permitir a existência de um partido nazista no Brasil. "A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. [...] Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei", disse.

Kim Kataguiri, ao ser questionado por Tabata Amaral se "acha que é errado a Alemanha ter criminalizado o nazismo", respondeu positivamente. Veja o trecho:

Nesta terça-feira, Monark disse que estava bêbado e se desculpou pela fala. Às 16h30, os Estúdios Flow divulgaram uma nota em que anunciavam o desligamento do podcaster. Ele tem, atualmente, 50% das ações da empresa e terá sua parte comprada pelo outro sócio, Igor Coelho, conhecido como Igor 3K.


Kim Kataguiri manifestou-se via Twitter. Ele disse que é "muito melhor expor a crueldade dessa ideologia nefasta para que todos vejam o quanto ela é absurda. Sufocar o debate só faz com que grupos extremistas cresçam na escuridão e não sejam devidamente combatidos e rechaçados".

Investigação

As declarações serão analisadas pelos assessores do procurador-geral da República, já que o caso envolve deputado federal que, em razão do cargo, tem foro privilegiado junto ao STF (Supremo Tribunal Federal).


A PGR (Procuradoria-Geral da República) disse que, "embora não possa se posicionar sobre o caso específico — que será devidamente apurado —, o PGR [procurador-geral da República] reitera posição contra o discurso de ódio já externada em mais de uma oportunidade".

Em nota, a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) afirmou que "o direito à liberdade de expressão não é absoluto, e repudiar o nazismo é uma tarefa permanente, que deve ser reiterada por todos".

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