PF faz operação contra terroristas ligados ao Hezbollah no Brasil
Duas pessoas foram presas e 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo e Minas Gerais e no Distrito Federal
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília, e Natália Martins, da Record
A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira (8) uma operação contra pessoas que articulavam promover atos terroristas no Brasil. A reportagem verificou que duas pessoas ligadas ao grupo Hezbollah foram alvo de mandados de prisão temporária. Também foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão com o objetivo de obter provas de possível recrutamento de brasileiros para as ações extremistas no Brasil.
As prisões ocorreram em São Paulo, onde também foi cumprido um mandado de busca e apreensão. Os demais mandados foram cumpridos no Distrito Federal (3) e em Minas Gerais (7).
De acordo com a corporação, recrutadores e recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo. Juntas, as penas podem chegar a 15 anos e 6 meses de reclusão.
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"Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação", ressaltou a Polícia Federal.
Segundo fontes consultadas pela reportagem, o grupo planejava promover atentados contra prédios da comunidade judaica.
O Hezbollah é considerado um grupo terrorista e atua no Líbano. Foi fundado no início da década de 1980, e a maior fatia de apoio militar e financeiro é iraniana. A ligação com o Irã aparece já no nome, que significa "Partido de Alá", ou "Partido de Deus" e foi dado pelo aiatolá Khomeini.
Segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, em 2020 o Hezbollah havia se tornado o ator não estatal mais fortemente armado do mundo, com pelo menos 130 mil foguetes e mísseis.
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O poder financeiro fez com que o Hezbollah entrasse para a política libanesa ao concorrer a cargos públicos pela primeira vez em 1992, conquistando postos importantes no governo e no setor econômico do país desde então.
O Hezbollah tem algum apoio dentro do Líbano, principalmente dos xiitas, mas a maioria da população não endossa suas ações.