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R7 Brasília

‘Quero fatos, é a última chance de dizer a verdade sobre tudo’, disse Moraes a Cid; veja

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi interrogado pelo ministro do STF em novembro de 2024 para explicar contradições

Brasília|Do R7

Interrogado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em novembro de 2024 para explicar contradições em depoimentos anteriores na investigação sobre um suposto plano de golpe de Estado, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alertado por Moraes de que aquela seria a “última chance de dizer a verdade sobre tudo”. Nesta sexta-feira (20), Moraes tirou o sigilo dos vídeos dos depoimentos prestados por Cid ao longo do acordo de delação premiada.

“Eu quero fatos. Por isso que eu marquei essa audiência. Eu diria que é a última chance do colaborador dizer a verdade sobre tudo”, afirmou o ministro naquela audiência, acrescentando que “eventuais novas contradições não serão admitidas”.

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O ministro do STF alertou Cid e a advogada dele, Vânia Bitencourt, que “a colaboração premiada não pode ser seletiva e direcionada”.

“Ela não pode ser utilizada para proteger alguns e prejudicar outros. Aqui, o colaborador dá os fatos. Quem analisa quem será processado ou não é o Ministério Público, é o procurador-geral da República. E quem analisa após a denúncia, eventual denúncia, da Procuradoria-Geral da República, se haverá culpabilidade ou não, é o Supremo Tribunal Federal. Não é o colaborador que desde o início analisa: ‘Ah, esse não fez nada’. Não”, disse Moraes.


Na audiência, o ministro disse que Cid poderia ser preso e ter a delação anulada caso omitisse informações.

“Essa audiência foi convocada como mais uma tentativa de permitir ao colaborador que preste as informações verdadeiras. Já há o pedido da Polícia Federal, já há o parecer favorável da Procuradoria-Geral da república pela imediata decretação da prisão, do retorno à prisão do colaborador”, lembrou o ministro.


“Então, aqui, é importante, e exatamente por isso, a fim de possibilitar uma reflexão maior do colaborador com seus advogados para que esclareça omissões, contradições na sua colaboração, sob pena não só da decretação da prisão, como também da cessação e consequente rescisão da colaboração”, completou.

Segundo Moraes, também seriam cancelados os benefícios decorrentes do acordo de delação premiada que foram concedidos a familiares de Cid. “Eventual rescisão englobará inclusive a continuidade das investigações e responsabilização do pai do investigado, de sua esposa e de sua filha maior.”

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