Os ônibus da Viação Marechal voltaram a circular na manhã desta quarta-feira (8) no Distrito Federal. A reportagem apurou que os rodoviários receberam o pagamento por volta das 5h30 e, às 6h, a frota de ônibus saiu das garagens. Os trabalhadores da empresa não haviam aceitado a proposta oferecida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e continuaram em greve, alegando que o pagamento que deveria ter sido feito na última sexta-feira (3) estava atrasado. Nesta terça (7), o presidente do TRT-10, Alexandre Nery de Oliveira, avaliou como “abusiva” a continuidade da greve dos rodoviários da Marechal e determinou o retorno imediato das atividades dos trabalhadores. A multa prevista em caso de descumprimento era de R$ 100 mil por dia de paralisação. O desembargador havia dado três horas para que os rodoviários voltassem a trabalhar após o recebimento da medida. Apesar da decisão da corte, os trabalhadores mantiveram a greve até a manhã desta quarta. • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto Na decisão, Oliveira afirmou que o prazo legal para pagamento da empresa acabava nesta quarta e, portanto, não haveria motivo para os rodoviários questionarem o não depósito do salário até acabar o prazo. Ele criticou, também, o não retorno dos trabalhadores depois da carta de intenções assinada, em audiência na segunda (6), com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros Urbanos, Interestaduais, Especiais, Escolares, Turismo e de Carga (Sittrater-DF), com as empresas de transporte, o Ministério Público do Trabalho e a presidência do tribunal. Naa segunda-feira, os rodoviários de transporte público coletivo do DF anunciaram uma paralisação, apesar de determinação da Justiça do Trabalho que exigia a suspensão imediata da greve. No entanto, a partir das 19h daquele dia, os trabalhadores de outras empresas, com exceção da Marechal, aceitaram a proposta do TRT para a retomada dos trabalhos. O sindicato havia aprovado no domingo (5) a paralisação por reajuste salarial. A categoria se reuniu para analisar a proposta apresentada pelas empresas, que foi considerada insuficiente. A multa em caso de descumprimento da decisão é de R$ 10 mil por hora de greve. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a oferta consistia em reajuste de 5,33% nos salários, no plano de saúde e no plano odontológico, de 8% no vale-alimentação e de 10% na cesta básica. "Os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada, e agora só nos resta ir à luta para atender à vontade da categoria. Esperamos sair vitoriosos", disse o presidente do sindicato, João Dão.
