Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Senado aprova marco legal da segurança privada após 14 anos de discussão

Norma trata da atuação das empresas de segurança, regras para formação de profissionais e uso de armas

Brasília|Jéssica Gotlib, do R7, em Brasília


Polícia Federal poderá autorizar o uso de armas por segurança privada Marcelo Camargo/Agência Brasil - 06.12.2022

O Senado aprovou nesta terça-feira (13) o Estatuto da Segurança Privada, que regulamenta a atuação das empresas no setor. Foram 14 anos de tramitação, desde a primeira versão da proposta, feita pelo ex-senador Marcelo Crivella em 2010. Entre outras coisas, o texto permite a oferta destas atividades em sedes de organizações, condomínios, escritórios e prédios, exceto portarias, denominados serviços orgânicos de segurança.

Leia mais

São definidos como serviços de segurança privada os setores de: vigilância patrimonial, segurança de eventos, transporte coletivo, unidades de conservação, monitoramento eletrônico, transporte de valores e escolta de bens. Para a oferta dos serviços, é necessária autorização da Polícia Federal, que também poderá permitir o uso de armas em transporte coletivo. A norma aprovada proíbe que a segurança privada seja feita por autônomos e cooperativas.

O texto também prevê um capital mínimo de giro e veda a participação de estrangeiros como votantes. Empresas de transporte de valores precisarão de R$ 2 milhões, gerenciamento de risco R$ 200 mil, e outras empresas R$ 500 mil, podendo ser reduzido para R$ 125 mil sem uso de armas. Escolas de formação precisarão de R$ 200 mil e monitoramento eletrônico R$ 100 mil. Empresas com mais de um serviço terão capital adicional de R$ 100 mil por serviço.

As empresas terão prazos de dois a três anos para se adaptar às regras, a depender da natureza do serviço prestado. O texto aprovado também prevê sanções para infrações administrativas, como advertência, multas e cancelamento de autorização.


Tramitação

O texto aprovado foi o SCD 6/2016, um substitutivo da Câmara ao PLS 135/2010, com algumas mudanças suprimidas. O projeto original, do ex-senador Marcelo Crivella, estabelecia um piso salarial nacional para vigilantes e foi aprovado pelo Senado em 2012. Na Câmara, foi aprovado em 2016 com regras mais abrangentes, incluindo atuação de empresas de segurança, formação de profissionais, uso de armas e equipamentos controlados.

O substitutivo foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais em 2017, arquivado em 2022, desarquivado em 2023 e tramitou com urgência em 2024. A versão aprovada seguiu o relatório do senador Laércio Oliveira, que fez alterações redacionais e suprimiu mudanças da Câmara. Laércio destacou a necessidade de regulamentação para combater a clandestinidade no setor, que conta com 3,5 milhões de vigilantes, dos quais apenas 500 mil são formais.


Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.