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Shopping do DF sofre quatro assaltos em menos de um mês

De furto a roubo, Conjunto Nacional é alvo de criminosos; lojistas reclamam da falta segurança

Brasília|Priscila Mendes, do R7, em Brasília

Furto na loja do Flamengo
Furto na loja do Flamengo Furto na loja do Flamengo

O shopping Conjunto Nacional, na região central de Brasília (DF), sofreu mais um assalto na última terça-feira (1º). O alvo dessa vez foi a loja do Flamengo, no 2º piso. Todo o estoque de mercadorias foi levado pelos bandidos no final da noite. O valor do prejuízo não foi informado. Esse é o quarto assalto que ocorre no local em menos de um mês.

Diante dos episódios frequentes, os comerciantes reclamam de que, desde o primeiro lockdown em Brasília, em 2020, houve uma redução significativa da segurança no centro de compras. 

"Não existe segurança no shopping. Eles [os seguranças] atuam como fiscais de loja. Só servem para retirar os moleques que ficam perturbando ou para dizer quem abriu mais tarde ou fechou mais cedo para poder notificar os empresários", diz um dos lojistas, que não quis se identificar. 

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No dia 18 de fevereiro, quatro criminosos furtaram perfumes em uma loja por volta das 23h, após o fechamento do estabelecimento. O prejuízo foi de cerca de R$ 80 mil. Câmeras de segurança flagraram o crime, que está sendo investigado pela 5ª Delegacia de Polícia Civil.

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De acordo com o dono da loja, Carlos Eduardo Contreiras, os suspeitos conseguiram entrar no local após clonar o controle da porta durante o horário comercial. Ele, que está há 40 anos no shopping, diz que é lamentavel o descaso sofrido pelos empreendedores. "Essa é uma administração muito complicada. Não sei se tem relação, mas, desde que [os administradores] iniciaram a negociação das vendas da rede do Conjunto Nacional, isso começou a afetar a gestão administrativa deles. O quadro de seguranças tem sido reduzido." 

Contreiras diz que, depois do assalto, não teve nenhum suporte e que a administração do shopping somente entrou em contato nesta quinta-feira (3) para informar que não vai reparar os danos. O lojista pretende ingressar com uma ação contra a rede na próxima segunda-feira (7).

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"Para o shopping, a pandemia foi o melhor negócio. Houve aumento de aluguel, que dobrou em dois anos. Além disso, se você sai hoje ainda paga multa contratual de quase três vezes o valor do aluguel e eles lucram revendendo o ponto. É uma ilusão. As lojas não se sustentam", ressalta Carlos Eduardo Contreiras. 

Sobre o episódio do furto na loja do Flamengo, o Conjunto Nacional informou, por meio de nota, que tomou conhecimento do ocorrido e segue à disposição das autoridades para apoiar o esclarecimento dos fatos. O empreendimento ressalta ainda que realiza "treinamentos constantes para garantir o bem-estar e segurança de clientes e lojistas".

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A Polícia Militar do Distrito Federal disse que a patrulha da área interna do shopping deve ser feita "pela segurança privada, porém, caso haja crime em estado flagrancial, a Polícia Militar deve ser acionada". A corporação informou que rondas periódicas são realizadas nas proximidades diariamente.

Outros casos

Um dia antes do furto na loja do Flamengo, a dona da clínica Face Doctor, que fica em frente ao estabelecimento de artigos esportivos, disse em um grupo de lojistas no WhatsAapp que ouviu barulho de pessoas andando pelo teto. As funcionárias da clínica foram vítimas de um assalto à mão armada há duas semanas. Dois dias depois, a loja da Claro foi furtada.

Sobre esses casos anteriores, o shopping Conjunto Nacional afirmou que, na ocasião, "tomou conhecimento e acionou imediatamente as autoridades competentes".

"O empreendimento reitera ainda que acompanhou a atuação da Polícia Militar e que está à disposição para auxiliar nas investigações dos fatos. O shopping ressalta que preza pela segurança e bem-estar dos clientes, lojistas e colaboradores", diz um trecho da nota enviada à imprensa.

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