STJ mantém prisão preventiva de suspeito de planejar sequestro de Sergio Moro
Ministra não verificou ilegalidade na decisão que decretou a prisão de Janeferson Aparecido Mariano Gomes
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, negou pedido de liberdade apresentado pela defesa de Janeferson Aparecido Mariano Gomes, suspeito de envolvimento em um plano para sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
Na decisão, a ministra não verificou ilegalidade na decisão que decretou a prisão preventiva. O habeas corpus foi apresentado ao STJ contra decisão do desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que negou o pedido em outro habeas corpus.
De acordo com o processo, a prisão preventiva foi decretada no dia 21 de março, com base no plano de sequestro — idealizado a mando da cúpula da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) — e no cometimento, em tese, de uma série de delitos, entre eles integração de organização criminosa, extorsão mediante sequestro, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e posse ou porte ilegal de arma de uso restrito.
No entendimento da defesa, a prisão preventiva configura constrangimento ilegal, pois não haveria prova dos crimes apontados.
Leia também: Lula critica dólar e defende moeda comum entre países do Brics
Para a ministra Maria Thereza de Assis Moura, o pedido não pode ser examinado no STJ, pois o tribunal de origem ainda não julgou o mérito do habeas corpus originário.
"Não visualizo manifesta ilegalidade. A matéria de fundo é sensível e demanda maior reflexão e exame aprofundado dos autos, sendo prudente, portanto, aguardar o julgamento definitivo do habeas corpus impetrado no tribunal de origem antes de eventual intervenção desta Corte Superior", disse a ministra.
Leia também: MP eleitoral se manifesta a favor da inelegibilidade de Bolsonaro
No início de abril, um novo procurador da República assumiu a investigação sobre o plano para sequestrar o senador.
Depois de ter pedido o arquivamento do inquérito na esfera federal e sugerido a transferência do caso para o Ministério Público de São Paulo, o procurador José Soares foi substituído pelo colega Adrian Pereira Ziemba.