Ferrari e FCA confirmam separação e marca italiana de supercarros estreia na Bolsa de Valores de Milão
Com saída da fábrica de Maranello, grupo focará no trio Alfa Romeo, Maserati e Jeep
Carros|Com Ansa e R7

A Ferrari estreou na Bolsa de Valores de Milão nesta segunda-feira (4), após confirmar em nota, no último domingo (3), sua separação da Fiat Chrysler Automobiles (FCA). Sem a fábrica de Maranello, o grupo ítalo-americano perde cerca de um terço do seu valor de mercado e se vê diante de novos desafios.
O presidente-executivo da FCA, Sergio Marchionne, que também preside a Ferrari, disse que outras montadoras fizeram propostas de fusão, já que sua oferta de união com a rival General Motors — para criar sinergias e reduzir custos — foi rejeitada repetidamente. Porém, o executivo disse que as novas opções não foram suficientemente atraentes.
O processo de divisão havia começado em julho do ano passado e, desde então, a Ferrari já havia entrado na Bolsa de Valores de Nova York como Ferrari Race. Com a estreia da Ferrari em Milão, a FCA está embolsando mais de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 16 bi), e as próprias ações saltaram 70% desde que Marchionne prometeu, em outubro de 2014, distribuir uma grande parte das ações da Ferrari para os investidores da FCA.
Marchionne confirmou as metas da FCA para 2018, centrada em torno de uma reformulação das marcas Alfa Romeo, Maserati e Jeep. O conglomerado apresentará no fim deste mês um plano atualizado para enfrentar o crescimento mais fraco em alguns mercados.