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Volkswagen reestiliza sedã Jetta e aposta no custo-benefício da nova versão de entrada, de R$ 75 mil

Modelo mexicano chega às lojas em março com design renovado e mesmos motores

Carros|Diogo de Oliveira, do R7

Volkswagen Jetta recebe primeira atualização no Brasil desde sua estreia, em março de 2011
Volkswagen Jetta recebe primeira atualização no Brasil desde sua estreia, em março de 2011
Como de costume, a VW fez alterações sutis no design do sedã
Como de costume, a VW fez alterações sutis no design do sedã

A vida da Volkswagen no concorrido segmento de sedãs médios anda difícil. Em 2014, o Jetta foi apenas o quinto mais vendido da categoria, atrás de Toyota Corolla, Honda Civic, Chevrolet Cruze e Nissan Sentra. Por isso, a montadora alemã acaba de relançar o sedã, apostando no sucesso da inédita versão Trendline, com preço incial de R$ 75 mil e foco na relação custo/benefício — leia-se, lista de equipamentos mais recheada.

O modelo chega às lojas no início de março já equipado com direção hidráulica, ar-condicionado com saída para o banco traseiro, porta-luvas refrigerado, rodas de liga-leve aro 16 com pneus 205/55, sensores de obstáculos dianteiros e traseiros, alarme, som com Bluetooth, USB e rádio/CD, freios ABS com EBD, controle eletrônico de tração (ASR) e quatro air bags — duplos frontais e laterais.

Os motores são os mesmos de antes: o velho 2.0 8V flex de até 120 cv (etanol) e o poderoso 2.0 16V TSI turbo a gasolina de 211 cv. Mas a Volkswagen fez o dever de casa e descartou o câmbio manual, pouco requisitado no segmento. Com isso, o novo Jetta passa a sair apenas com transmissões automáticas de seis marchas. O 2.0 flex usa a caixa sequencial Tiptronic, enquanto o 2.0 turbo traz a automatizada DSG de dupla embreagem.

Faróis bixenon da versão turbo Highline agora têm leds diurnos
Faróis bixenon da versão turbo Highline agora têm leds diurnos

Jeitão de Passat


O destaque do novo Jetta, porém, é o design atualizado, com clara inspiração no irmão maior Passat. As mudanças foram sutis, como de costume na VW, mas suficientes para deixar o sedã com aparência mais sofisticada. Na frente, o para-choques ganhou uma enorme tomada de ar e os faróis agora se integram à grade preenchida com três barras cromadas. Atrás, as lanternas ganharam nova disposição de luzes e a tampa pronunciada simula um aerofólio.

Na cabine, houve preocupação em tornar o ambiente mais chique. Novamente, o estilo é o mesmo de antes, mas o acabamento recebeu materiais de bom gosto. A versão intermediária Comfortline (ainda sem preço divulgado) passa a ter o volante de três raios já disponível nos novos Fox e Golf, com paddle-shifts para trocas de marcha manuais. Há ainda a central multimídia que inclui uma tela touch de 6,5 polegadas no painel.


Interior ganhou volante mais moderno dos novos Fox e Golf e detalhes de acabamento, mas segue sóbrio e modesto
Interior ganhou volante mais moderno dos novos Fox e Golf e detalhes de acabamento, mas segue sóbrio e modesto
Versão top Highline com motor 2.0 turbo exala esportividade
Versão top Highline com motor 2.0 turbo exala esportividade

O que muda em relação ao velho Jetta?

Ao volante, o novo Jetta mudou quase nada em relação ao sedã lançado em março de 2011. Durante o lançamento, aceleramos apenas a versão topo de linha Highline, cujo conjunto motor/câmbio seguirá sendo referência em esportividade. Com 211 cv de potência e um torque parrudo de 28,6 kgfm liberados logo aos 2.000 giros, o modelo arranca com grande vigor, produzindo acelerações intensas, a ponto de empurrar o corpo contra o banco.


A principal novidade na versão Highline é a direção, que passa a ter assistência elétrica, com respostas ainda mais instantâneas aos movimentos do volante. Quem acelerou o modelo antigo, com direção hidráulica, pode sentir o volante meio leve, mas é coisa de momento. Na prática, o sedã se mostrou ainda mais ágil e preciso nas manobras em alta velocidade, e bem mais dócil nas manobras de estacionamento.

Versão nacional só no meio do ano

Com a intensa movimentação das fabricantes rivais nos últimos meses, esperava-se que a Volkswagen fosse relançar o Jetta já produzido na fábrica de São Bernardo do Campo (SP) — conforme anunciado no Salão de São Paulo, no fim de 2014. No entanto, a montadora informou que o sedã só se tornará nacional no fim do primeiro semestre, e que a montagem no ABC paulista servirá apenas para complementar o volume atualmente importado do México.

Trocando em miúdos, a Volkswagen vai produzir o novo Jetta no Brasil para ganhar volume e tentar se aproximar dos sedãs rivais. Será uma forma de driblar o limite de cotas para veículos trazidos do México. A estratégia pode funcionar, mas vai depender muito do mercado brasileiro, que anda em crise. Pelo menos, a marca alemã ainda tem uma carta na manga: o motor 1.4 turbo (140 cv) do novo Golf, que chegará flex ao Jetta ainda este ano.

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