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Americanas afasta parte do alto escalão durante investigações de rombo

Rombo revelado pela empresa desencadeou crise que levou à recuperação judicial, com dívidas que ultrapassam R$ 40 bilhões

Economia|Do R7

Empresa já contratou instituto de perícias forenses e consultoria
Empresa já contratou instituto de perícias forenses e consultoria

Americanas disse nesta sexta-feira (3) que seu conselho de administração decidiu afastar três diretores durante as apurações do rombo contábil de cerca de R$ 20 bilhões revelado pela companhia no mês passado.

A empresa afastou Anna Saicali, que comandava a Ame Digital; Timotheo Barros, diretor de Lojas Físicas, Logística e Tecnologia; e Marcio Cruz, diretor de Digital, Consumo e Marketing.

Os três faziam parte do mais alto escalão da companhia, que engloba ainda o atual presidente-executivo, João Guerra, que assumiu após a revelação das inconsistências contábeis, e a diretora financeira de Relações com Investidores, Camille Loyo Faria, também contratada depois que a crise veio à tona.

Além disso, os executivos Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes também foram afastados.


A empresa não citou no fato relevante os nomes de potenciais substitutos e disse apenas que detectou "lideranças internas e externas que darão continuidade aos negócios e às operações". Entre essas lideranças está Loyo Faria, que tomou posse em 1º de fevereiro, segundo a varejista.

A Americanas afirmou que os seis quadros foram afastados "de todas as suas funções e atividades na companhia e suas controladas, durante o curso das apurações... sem que o afastamento represente qualquer antecipação de juízo".


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O rombo revelado pela Americanas desencadeou uma crise que levou à recuperação judicial da companhia, com dívidas que ultrapassam os R$ 40 bilhões, e investigações internas e externas para a apuração dos fatos.

A divulgação das inconsistências contábeis ocorreu conjuntamente com a renúncia de Sergio Rial e André Covre aos respectivos cargos de presidente-executivo e diretor de Relações com Investidores, dos quais tinham tomado posse poucos dias antes.


A Americanas ficou por duas décadas sob o comando de Miguel Gutierrez, até a chegada de Rial.

Ao comunicar o afastamento de parte de seu principal quadro nesta sexta-feira, a Americanas observou que já contratou um instituto de perícias forenses e uma empresa de consultoria para a preservação de dados da companhia.

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