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Indústria brasileira defende retomada estratégica do Mercosul

Entre as propostas, está uma agenda econômica e comercial entre os países do bloco — cujo Conselho Industrial completa 30 anos

Economia|Do R7

Encontro virtual de representantes do Mercosul em 2020
Encontro virtual de representantes do Mercosul em 2020

A CNI (Confederação Nacional da IndústriaI) defende a retomada do crescimento econômico nos países do Mercosul, maior participação do setor empresarial na agenda econômica e comercial do bloco, o fortalecimento do livre comércio e a ampliação de acordos com países estratégicos.

Esses pontos integram uma declaração conjunta que deverá ser aprovada na reunião do Conselho Industrial do Mercosul, que ocorre nesta quinta-feira (25) e marca os 30 anos do acordo.

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O Conselho é formado por líderes das entidades industriais dos quatro países do bloco (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Na avaliação do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, ao longo das três décadas, o Mercosul contribuiu para a redução de barreiras tarifárias e atração de investimentos externos que formaram uma integração produtiva em setores de forte impacto econômico e social.

“O Mercosul é a mais relevante iniciativa de inserção internacional do Brasil até o momento. Porém, o futuro do bloco depende de mais crescimento econômico, do aumento da competitividade e da maior integração interna dos países”, destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.


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O bloco é o que mais proporciona resultados econômicos e sociais para o Brasil. Entre 2011 e 2020, o saldo comercial do país com o Mercosul foi de US$ 54,9 bilhões, com a pauta mais diversificada entre todos os grandes destinos de exportações. O saldo fica atrás apenas da China (US$ 158,3 bilhões).


O comércio do bloco também resulta na maior massa salarial por R$ bilhão exportado – R$ 670 milhões ante R$ 450 milhões no caso da China – e produz o maior impacto em cadeia no Brasil por R$ bilhão exportado: R$ 4,12 bilhões. Em relação a empregos, é o segundo destino em que as exportações brasileiras geram mais empregos, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Apesar disso, os países do bloco, inclusive o Brasil, passam por um período de deterioração econômica e da comoditização da pauta de exportação. Para reverter o quadro, o setor industrial propõe que sejam elaboradas e implementadas metas macroeconômicas realistas para estabilizar economicamente a região.


Outros desafios do bloco, de acordo com a CNI, são as barreiras não tarifárias e a demora para internalizar compromissos. O acordo para liberalização de compras governamentais do Mercosul, por exemplo, foi celebrado em 2017, mas segue no Congresso.

Em relação a integração com outros blocos econômicos e países, a CNI considera que a prioridade deve ser a rápida conclusão e a internalização do Acordo Mercosul-União Europeia e com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) – bloco formado por Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. Além disso, o setor industrial defende acordos de livre comércio efetivo com os Estados Unidos, além de parcerias com México, Canadá, Reino Unido, América Central e o aprofundamento de acordos com a América do Sul.

A CNI e o Conselho Industrial do Mercosul defendem que a escolha de novos parceiros para a celebração de acordos comerciais deve passar por um processo transparente, com a realização de consultas públicas e análises de viabilidade.

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