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Eleições 2014

Alckmin faz cerimônia para lançar edital atrasado há mais de um ano

Previsão do governo era abrir concorrência pública de PPP para habitação em maio de 2013

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Governador atribuiu demora ao ineditismo do projeto
Governador atribuiu demora ao ineditismo do projeto

Em um evento na manhã desta quarta-feira (24), no Palácio dos Bandeirantes, o governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou o lançamento do edital da primeira PPP (parceria-público-privada) para construção de moradias populares no Estado. O edital, no entanto, estava previsto para ser lançado em maio de 2013, segundo o próprio governo afirmou em fevereiro do mesmo ano ao jornal Valor Econômico.

Naquela data, o Estado e a Prefeitura de São Paulo, assinaram um convênio de cooperação e autorização do início do processo licitatório. Uma audiência pública foi realizada em 27 de fevereiro de 2013. Menos de três meses depois, a Secretaria de Estado da Habitação abriu uma consulta pública à minuta do edital, contratos e anexos. A expectativa do governo era de que o edital fosse divulgado em maio e que até outubro os consórcios vencedores firmariam contrato.

Hoje, ao ser questionado, o governador atribuiu o atraso ao ineditismo desse tipo de PPP.

— Fizemos todo o roteiro. Você por de pé uma PPP desse tamanho não é fácil. Viabilizamos todos os terrenos e finalmente estamos lançando hoje o edital. É um fato inédito, nunca teve no País uma PPP de habitação.


Ainda segundo o governador, a partir de agora, os consórcios interessados terão 45 dias para apresentar as propostas. Os contratos deverão ser assinados em até 60 dias, de acordo com as estimativas dele.

A primeira fase do projeto terá 14,1 mil apartamentos no centro expandido, sendo que 9.000 serão destinados a famílias com renda entre R$ 810 e R$ 4.344. As demais unidades serão vendidas para quem ganhar até R$ 8.100 por mês. A Secretaria de Estado da Habitação vai iniciar um processo para cadastrar os interessados. Poderá se inscrever quem trabalha no centro expandido, mas mora fora dessa região.


Alguns prédios serão construídos e outros reformados. A prefeitura entregou mais da metade dos terrenos que abrigarão os imóveis. Edifícios ociosos também foram desapropriados para o projeto.

O governo estima que a partir da assinatura dos contratos, os primeiros apartamentos sejam entregues dentro de dois anos. O investimento total será de R$ 3,5 bilhões. O Estado participará com R$ 1,8 bilhão e a prefeitura com R$ 280 milhões.

A cerimônia desta quarta-feira reuniu secretários do Estado e o secretário de Habitação da capital, José Floriano Marques Neto, que foi representando o prefeito. Fernando Haddad chegou a confirmar presença, mas não compareceu. Segundo o secretário, devido a um imprevisto.

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