Primeiro bloco do debate é marcado por críticas a Alckmin
A nove dias da eleição, candidato do PSDB foi alvo dos demais participantes do programa
São Paulo|Do R7

O primeiro bloco do debate realizado pela Rede Record e transmitido pelo R7 foi marcado pelos ataques dirigidos ao atual governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB). Perguntando diretamente ao tucano, Paulo Skaf (PMDB) questionou o teor das propagandas levadas ao ar pelo candidato do PSDB.
— Você tem dito que, se eu for eleito, vou cobrar taxas no ensino profissionalizante, mas a legislação diz que a cobrança é proibida. Você quer enganar eleitores dizendo isso? A escola estadual é uma vergonha, suja, mal estruturada. O governador Alckmin está comprometendo uma geração.
Em sua resposta, Alckmin retrucou à altura, criticando a gestão de Skaf a frente do SESI e o chamou de “candidato da taxa”.
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— O sistema SESI nunca cobrou nada de seus alunos e o Skaf fez cobrar. Pessoas tiveram que entrar na justiça para poder ter acesso ao sistema. O próprio Skaf diz que vai cobrar nas universidades. Como vai cobrar? O Skaf é o candidato da Taxa. A inflação foi 6%, e a taxa cobrada no SESI foi de 12%.
O petista Alexandre Padilha, ainda esperançoso de conseguir um lugar no segundo turno da eleição também disparou contra Alckmin, mesmo não tendo a oportunidade de um confronto direto contra o governador no primeiro bloco.
— O senhor utilizou seu programa para fazer ataques que não são verdadeiros a minha gestão no Ministério da Saúde. O estado de São Paulo sim teve hospitais e prontos socorros fechados. Prometeu 30 km de metro e entregou menos de 6 km. Se tivesse feito 30 km, teria menos carros nas ruas. O metrô comigo vai andar rápido, diferente do governo atual.
Já o candidato do PV, Gilberto Natalini, questionou o governador a respeito da ausência de medidas para enfrentar a crise de abastecimento de água que atinge o Estado de São Paulo. Alckmin usou grande parte de seu tempo para rebater o ex-ministro da Saúde, dizendo que Padilha tenta se vitimizar.
Quando teve a palavra novamente, Padilha não deixou barato.
— Eu conheço o mundo da cidade de São Paulo, da população mais carente, várias pessoas que vivem na capital e no interior que sabem que os prontos socorros foram fechados. E não o mundo da propaganda oficial do governo.
Segundo o Padilha, o atual governador não assume sua responsabilidade nos problemas enfrentados pela população.
Os candidatos Gilberto Maringoni (PSOL) e Laércio Benko (PHS) também fizeram críticas à gestão do tucano pela crise hídrica em São Paulo e aos escândalos de corrupção que envolvem o Metrô paulista. De acordo com o socialista, "o governo está deixando esqueletos".