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Eleições 2014

Principal desafio de São Paulo é a segurança pública, diz candidato a vice de Alckmin

Márcio França sugeriu ao governador projeto para tentar reduzir criminalidade

São Paulo|Fernando Mellis, do R7

Márcio França aposta em ação com jovens em estado de vulnerabilidade para reduzir índices de criminalidade
Márcio França aposta em ação com jovens em estado de vulnerabilidade para reduzir índices de criminalidade

Durante boa parte desses 20 anos em que o PSDB esteve à frente do governo de São Paulo, Márcio França (PSB) foi oposição. Mas o cenário mudou após 2010, quando foi eleito pela segunda vez deputado federal.

Um movimento no partido fez com que ele se aproximasse do governador Geraldo Alckmin, tornando-se secretário estadual de Turismo, em 2011, e candidato a vice na chapa do tucano na reeleição.

Com grande chance de a chapa encabeçada pelos tucanos vencer, segundo as últimas pesquisas de intenção de voto, França conversou com o R7 sobre temas que fazem parte da vida dos paulistas.

Para ele, que também é presidente do PSB em SP, o principal desafio do Estado é a segurança pública. França diz que apresentou ao governador um projeto que poderá acabar com a sensação de insegurança nas ruas. A iniciativa foi colocada em prática por ele quando foi prefeito de São Vicente e premiada no Brasil. O candidato ainda falou de outros assuntos, como saúde e educação. Veja a seguir os principais trechos da entrevista.


R7: Na sua opinião, qual problema de São Paulo precisa ser solucionado rapidamente?

Márcio França: Um Estado como o nosso, tem muito desafio. Eu acho que São Paulo, o principal desafio é a questão da segurança. Tudo o que é grande também tem grandes problemas. [...] O problema da São Paulo é a sensação de medo.


Número de roubos cresce pelo 15º mês seguido em SP

R7: O que o PSB vai trazer de novo para tentar diminuir a violência?


França: Quando a gente fez a opção de ficar com ele [Alckmin], a gente envolveu uma série de programas, que nas nossas prefeituras tinham dado certo. Em especial um, que chama-se alistamento civil. A gente fez em São Vicente e reduziu drasticamente a criminalidade. Ele prevê a possibilidade de você convocar, previsto na Constituição, jovens de 18 anos que são dispensados do Exército para ficar com o governo.

R7: Como deverá funcionar na prática esse programa?

França: Jovens em estado de vulnerabilidade são triados no juramento à bandeira. Quem aceitar pode ser orientador. Eles recebem treinamento em primeiros socorros, orientação turística, todas as coisas ligadas à cidadania. Depois, vão para as ruas, andam em três ou quatro, juntos, uniformizados, com rádios comunicadores. Eles são remunerados, obrigados a fazer um curso técnico. Tudo é acompanhado por um policial militar, que responde pode um grupo de 30 jovens.

R7: Isso deverá contribuir pra a redução dos índices criminais, principalmente de roubos?

França: Sim, porque você tira o jovem do lado de lá [da vulnerabilidade] e a presença física deles, nas portas de escola, nas ruas, passa uma sensação de segurança e inibe a criminalidade, apesar de eles não terem função de segurança. O governador já aceitou a sugestão, só que o programa ainda não tem nome no Estado.

R7: Na área da saúde, o que o senhor acha que pode ser feito para aliviar as filas em hospitais e postos de saúde?

França: A implantação dos AMEs [Ambulatórios Médicos de Especialidades] Mais, que é esse AME com a possibilidade de fazer pequenas cirurgias, já é uma solução apropriada.

R7: O que o PSB levou sobre educação ao programa de governo de Alckmin?

França: Propusemos algo que ele já está fazendo, que é a implantação do regime de tempo integral. O objetivo é chegar a 1.000 escolas nesse esquema. Também sugerimos criar uma Fatec [Faculdade de Tecnologia] ‘plus’ nas regiões carentes do Estado. Essas Fatecs serão voltadas à economia criativa e acopladas a centros de convenções, para dar lastro às atividades. Um exemplo: Fatec ‘plus’ cultura, com arte, desenho, dança, música, canto. [...] A primeira tarefa do Estado de São Paulo e do Brasil inteiro era dar ensino para todo mundo. A segunda é garantir qualidade. A qualidade está no ensino integral.

R7: O modelo de aprovação automática dos alunos é criticado pelos adversários do governador. Qual a sua opinião sobre esse tema?

França: A palavra aprovação automática criou um estigma que é de gente desinformada. O que existe é que o estudo deixou de ser por ano e passou a ser por ciclo, geralmente de três em três [anos]. Existe a reprovação, só que ela é feita pelo sistema de ciclo. Se a pessoa não atingir determinado número, você tem um tempo de compensar essa deficiência da criança. Agora, se no ciclo ela for reprovada, ela fica no terceiro ano. 

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