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A 'guerra das vacinas' é o novo capítulo da disputa EUA x China

Maiores economias do mundo disputam para ver quem será o primeiro país a disponibilizar uma vacina contra a covid-19 para o planeta

Internacional|Do R7

Corrida para descobrir a vacina contra o coronavírus abre nova disputa EUA x China
Corrida para descobrir a vacina contra o coronavírus abre nova disputa EUA x China Corrida para descobrir a vacina contra o coronavírus abre nova disputa EUA x China

Guerra comercial, sanções, fechamento de consulados e acusações mútuas têm marcado as relações entre EUA e China nos últimos anos. Nesta semana, o confronto entre as duas maiores economias do planeta abriu um novo front: a disputa por uma vacina eficiente contra o novo coronavírus.

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Pesquisas feitas pelos dois países anunciaram avanços recentemente. Na semana passada, a empresa norte-americana Moderna afirmou que os primeiros testes de sua vacina em humanos deram bons resultados.

Na segunda-feira (20), foi a vez da chinesa CanSino Biologics revelar que sua vacina despertou resposta imune segura e terá os testes ampliados inclusive no Brasil.

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Compra de lotes x bem público

A questão da produção e distribuição das vacinas colocou mais uma vez os dois países em campos opostos. Na quarta-feira, os EUA anunciaram um acordo com as farmacêuticas Pfizer e BioNTech para comprar, ainda em 2020, 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19.

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Isso é o equivalente a toda a produção que as duas empresas conseguem garantir até o fim do ano. O governo norte-americano vai desembolsar um total de US$ 1,95 bilhão (cerca de R$ 10 bilhões) por elas.

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A Pfizer foi uma das farmacêuticas que se recusaram a vender as vacinas a preço de custo, mesmo para o Brasil, onde ela realiza testes clínicos. 

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Por outro lado, o governo da China afirmou ainda no mês de maio que, uma vez que tenha uma vacina eficaz contra o coronavírus, o remédio será considerado um "bem público global", terá sua composição compartilhada e o país se comprometeu a ajudar a produzir e distribuir para países em desenvolvimento.

Hackers e consulados

Nesta semana, o presidente Donald Trump chegou a dizer que colaboraria com a China se o país conseguisse a vacina, mas em seguida os EUA acusaram hackers chineses de roubarem dados de pesquisas sobre o medicamento de 25 empresas em 11 países diferentes.

Depois, ordenaram o fechamento do consulado do país em Houston, no Texas, alegando que ele estaria ligado a atividades de espionagem e roubo de propriedade intelectual. Não há mais detalhes sobre esta acusação vinda direto do Departamento de Estado norte-americano.

A China, por sua vez, nega envolvimento com os hackers que teriam roubado dados sobre as vacinas norte-americanas e disse que pode ter de retaliar à altura o fechamento do consulado.

Os embates entre os dois países também incluem acusações por parte de Trump, de que a pandemia é culpa de uma falta de ação do governo chinês. Ele chegou a afirmar, sem provas e contra declarações da própria comunidade de inteligência dos EUA, que o coronavírus teria sido criado em um laboratório em Wuhan.

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