Ataques cibernéticos e fraudes contra israelenses aumentam durante a guerra, diz relatório
Conflito entre Israel e grupo terrorista Hamas chegou à porta do cidadão através do meio digital, afirma organização
Internacional|Do R7

O número de fraudes e ataques cibernéticos contra israelenses teve um aumento significativo em 2024, aponta um relatório divulgado na última semana.
Segundo a organização Israel Internet Association (ISOC-IL), os relatos recebidos de crimes digitais subiram de 36% em 2023 para 45% em 2024.
O relatório também mostra o aumento de reclamações de sequestro de contas em redes sociais. Nesse ponto, o documento de 2024 indica 27% de queixas, um aumento de 20% em relação ao ano anterior.
Outras formas comuns de crimes virtuais incluíram golpes financeiros (17,6%), assédios sexuais (11,5%) e casos de falsidade ideológica e invasão de privacidade (10,9%).
Em relação às plataformas, assédio e ataques vinham principalmente pelo WhatsApp (21,7%), Facebook (19%) e Instagram (15%).
“Isso é mais uma prova de que a guerra chegou à porta de cada cidadão do país através do meio digital. As tentativas de ataques cibernéticos e assédios contra civis aumentaram no último ano”, diz Edan Ring, vice-presidente de Comunidade e Assuntos Sociais da ISOC-IL.
Remoção de conteúdo
A organização também enviou centenas de pedidos de remoção de postagens e conteúdos nocivos às plataformas. Foram 322 solicitações enviadas ao Facebook, com uma taxa de aceitação de 98%. No TikTok, dos 137 pedidos de remoção, 95% foram atendidos.
“A associação conseguiu retirar conteúdo prejudicial das principais plataformas em 94% dos casos e segue ajudando os cidadãos a denunciar e remover publicações danosas”, diz Ring.
No entanto, ele reforçou que a primeira linha de defesa contra ataques cibernéticos deve ser os próprios usuários. “É fundamental adotar medidas de proteção, como a autenticação em dois fatores e senhas fortes, além de relatar ameaças diretamente às plataformas e órgãos de suporte”, afirma.