Bares e parques estão na lista de locais ‘grampeados’ por espiões chineses no Reino Unido
As autoridades britânicas encontraram grampos em bancos de praça pública e agentes espalhados pelo centro da cidade
Internacional|Do R7

Espiões chineses estão coletando informações sobre figuras políticas britânicas através de grampos em bancos de parque e edifícios em Whitehall, na região central de Londres. Preocupados com o nível de atividade de espionagem em seu país, autoridades relevantes foram alertadas sobre pontos críticos a serem evitados na cidade.
O secretário do ministro do Reino Unido, Chris Philp, afirmou que as autoridades da cidade estão cientes da construção de uma rede de espionagem no país.
“Sabemos que a China está construindo uma rede de espionagem e repressão bem aqui, no Reino Unido”, disse.
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Os pontos descritos a serem evitados são turísticos e na maioria dos casos movimentados possibilitando que agentes chineses se espalhem e espionem figuras públicas do governo britânico.
Entre eles o histórico pub, Red Lion, hotéis cinco estrelas e a praça St Jame’s Park que fica ao lado do Ministério das Relações Exteriores e também próximo ao Tesouro Britânico.
O St James’s Park é um local estratégico para espionagem pois é popular entre pesquisadores e funcionários públicos, que costumam fazer pausas para almoço no local.
Entre os alvos podem estar centenas de assessores de parlamentares, que trabalham em Westminster, uma área próxima ao palácio de Buckingham.
Philp criticou a decisão do governo britânico de não incluir a China na categoria “aprimorada” do Esquema de Registro de Influência Estrangeira, afirmando que isso significou abrir mão de um recurso valioso que poderia ajudar a monitorar indivíduos que atuam em nome do Estado chinês em solo britânico.
Um dos gatilhos para expor a atuação de espiões chineses no país foi o vazamento de que o Reino Unido compartilha informações de meio milhão de pacientes do sistema de saúde (NHS) com pesquisadores chineses.
Essas informações estão sendo carregadas no banco de dados central do UK Biobank, uma das maiores bases de dados biomédicos do mundo.
Uma em cada cinco solicitações aprovadas de acesso a esses dados têm origem na China, o que levou parlamentares a alertarem para o risco de que essas informações possam ser exploradas pelo país em pesquisas com finalidades militares ou até mesmo de vigilância genética.
Espiões russos
Segundo as autoridades britânicas, no mês passado, três pessoas foram consideradas culpadas pela maior e mais complexa operação de espionagem russa já descoberta em solo britânico.
Os búlgaros Vanya Gaberova de 30 anos, Tihomir Ivanov Ivanchev de 39 e Katrin Ivanova 33 anos foram condenados pelo tribunal de Old Bailey, em Londres, por envolvimento em uma rede de espionagem a serviço da Rússia.
O trio atuou em operações de vigilância e coleta de inteligência ao longo de três anos.
As Autoridades revelaram que os três atuavam de forma coordenada em tarefas de monitoramento e infiltração, sendo considerados peças-chave em um esquema russo de longa duração no Reino Unido.
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