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Calor na China: preços sobem após galinhas botarem menos ovos e corte de energia afeta 5 milhões

Várias cidades chinesas registraram os dias mais quentes de sua história; temperaturas extremas também podem aumentar o declínio da produção de leite

Internacional|Do R7, com AFP


Pessoas bloqueiam luz do sol com as mãos durante onda de calor em Xangai, China
Pessoas bloqueiam luz do sol com as mãos durante onda de calor em Xangai, China

O clima escaldante no leste da China provocou o aumento dos preços dos ovos, já que a produção das galinhas diminuiu em meio a um verão mais quente do que o normal, informou a imprensa local.

Várias cidades chinesas registraram os dias mais quentes de sua história neste ano, o que levou o observatório nacional do país a emitir um alerta vermelho na última segunda-feira (14). 

Em Hefei, capital provincial de Anhi, o preço dos ovos subiu 30% e altas semelhantes foram registradas nas cidades de Hangzhou e Hai'an, segundo a mídia local. O jornal Jianghuai Morning News acrescentou que algumas fazendas instalaram sistemas de refrigeração para reverter a queda da produção de ovos.

Hefei registrou 14 dias de temperaturas acima dos 38 ºC, indicou o Hefei Evening News, que apontou que é um recorde.

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As temperaturas extremas também podem aumentar o declínio na produção de leite, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA.

O número de galinhas poedeiras não caiu na China, mas elas comem menos em dias quentes, acrescentou o Qianjiang Evening News.

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Na província de Jiangxi, no nordeste, atingida por uma seca severa, 11 mil pessoas têm dificuldade de acesso à água potável, enquanto mais de 140 mil hectares de plantações foram danificados, segundo a agência de notícias oficial Xinhua.

Cortes de energia

A onda de calor na China também fez mais de cinco milhões de pessoas no sudoeste do país sofreram cortes de energia. As altas temperaturas aumentaram o consumo de eletricidade e interromperam seu fornecimento, forçando até mesmo o fechamento de algumas fábricas.

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As temperaturas na província de Sichuan ficaram acima de 40°C nos últimos dias, causando um aumento na demanda de energia para aparelhos de ar condicionado.

Ao mesmo tempo, a região depende fortemente de barragens para a produção de energia, mas a onda de calor secou os reservatórios e exacerbou a escassez de eletricidade.

Uma empresa local disse que Dazhou, uma cidade de 5,4 milhões de pessoas no nordeste da província, estava sofrendo cortes de energia nesta quarta-feira (17), segundo o jornal online The Paper, com sede em Xangai.

Como resultado, os moradores enfrentaram cortes de até três horas que serão estendidos se necessário, acrescentou o jornal, citando o Dazhou Electric Power Group.

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"A carga nas linhas é muito alta" e afeta tanto as áreas urbanas quanto as cidades e vilarejos ao redor de Dazhou, informou o The Paper.

Várias fábricas em Sichuan foram forçadas a interromper suas atividades depois que as autoridades ordenaram priorizar o fornecimento de energia para áreas residenciais.

As plantas afetadas incluem uma joint venture da Toyota, que interrompeu as operações na segunda-feira, disse um porta-voz à AFP.

A mídia local informa que a maior fabricante de baterias de carros elétricos, a Contemporary Amperex Technology, também interrompeu a produção na cidade de Yibin.

Metade da produção de lítio da China está concentrada em Sichuan, um material necessário para baterias de carros elétricos.

A região também abriga inúmeras usinas hidrelétricas que abastecem importantes áreas industriais da costa leste da China.

Um aviso publicado no fim de semana ordenou a suspensão da atividade industrial em 19 das 21 cidades da província. Várias cidades chinesas registraram as temperaturas mais altas de sua história este ano.

O observatório meteorológico nacional estendeu seu alerta vermelho para altas temperaturas na quarta-feira, a mais alta em uma escala de quatro níveis.

Os cientistas dizem que esses eventos climáticos extremos são mais frequentes e intensos em todo o mundo devido às mudanças climáticas.

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