Capriles acredita que denúncias de atentado contra si buscam "distrair"
Internacional|Do R7
Caracas, 18 mar (EFE).- O candidato da oposição à Presidência da Venezuela, Henrique Capriles, considerou nesta segunda-feira que as denúncias feitas pelo Governo sobre supostos planos da direita americana para promover um atentado contra ele só buscam desviar a atenção dos problemas do país. "Eu vejo que isso é para tentar distrair, para tentar gerar cortinas de fumaça, para que não falemos dos problemas importantes", disse Capriles durante uma entrevista à emissora "Venevisión". O presidente interino do país, Nicolás Maduro, insistiu nesta segunda-feira que funcionários do Pentágono, da CIA e os ex-embaixadores americanos Otto Reich e Roger Noriega estão por trás de conspirações contra Capriles e assegurou que seu Governo "evitará qualquer loucura contra ele". O Governo dos Estados Unidos reagiu rejeitando "categoricamente" essas denúncias, através da porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, que classificou a acusação de "absurda" e pediu a Maduro que apresente as "provas" que ele assegura ter. O líder opositor disse que "o problema não é a segurança de Capriles", mas a segurança de todos os venezuelanos, que, segundo ele, não está garantida devido às altas taxas de violência no país. A Venezuela tem um dos índices de assassinatos mais altos das Américas. No ano passado, houve mais de 16 mil mortes, segundo números oficiais. Capriles se comprometeu a combater esse problema "desde o primeiro dia" de seu eventual Governo, assinalando que é "pouco crível" que Maduro resolva o que o Governo de Hugo Chávez não conseguiu solucionar em 14 anos. De acordo com a ONG Observatório Venezuelano da Violência (OVV), em 1998, ano em que Chávez chegou ao poder, houve 4.550 homicídios no país, um número que, segundo essa organização, alcançou 21.692 em 2012. EFE csc/pa