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Colômbia registra panelaço em várias cidades após greve geral

Após intensa jornada de protestos pelo país, governo decretou toque de recolher em várias cidades e presidente fez um discurso nacional

Internacional|Mariana Ghirello, Do R7 com agências internacionais

Após intensos protestos, manifestantes fazem panelaço contra o governo
Após intensos protestos, manifestantes fazem panelaço contra o governo

Colômbia registrou panelaço em várias cidades durante o pronunciamento do presidente Ivan Duque, na noite desta quinta-feira (21). Durante o dia, estudantes, trabalhadores, indígenas e camponeses se mobilizaram em protestos pacíficos, que acabaram em conflitos com registro de tiroteios em alguns locais.

Protesto contra governo termina em violência na capital da Colômbia

Na capital do país, Bogotá, mais protestos e panelaços foram registrados durante a noite. Circulam nas redes sociais vídeos de registro de manifestações contra o governo em vários bairros mais nobres, localizados no norte da cidade, e também no extremo sul, onde mora a população mais carente.

O centro histórico e turístico de Bogotá, conhecido como La Candelaria, teve toque de recolher decretado, bem outras duas capitais de departamento: Medellín, capital de Antioquia, e Cali, no Valle del Cauca.


De acordo com o ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo, na cidade de Popayan, no Cauca, em Pasto, em Nariño, e em Bucaramanga, no departamento de Santader, o Exército ocupou as ruas e a situação está sob controle.

Entre as razões para a greve geral estão corte do orçamento da saúde e educação, a reforma da Previdência, aumento dos impostos, o não cumprimento do Acordo de Paz, o renascimento do paramilitarismo e os assassinatos de líderes sociais, indígenas e camponeses. 


Protesto reúne milhares contra assassinatos de líderes na Colômbia

A terceira maior cidade da Colômbia, Cali, registrou confrontos entre manifestantes e a polícia, além de situação de caos com tiroteios, conforme vídeo publicado nas redes sociais. O prefeito da cidade, Norman Maurice Armitage, afirmou que as aulas desta sexta-feira (22) estão canceladas.


De acordo com a emissora de televisão RCN, durante os protestos, parte da Prefeitura de Facatativá, região próxima a Bogotá, foi incendiada.

Outros departamentos colombianos como Caquetá e Meta também registraram protestos, que tiveram como pauta a morte de menores em recentes bombardeios na região. As planícies são uma das mais afetadas pelo conflito armado e sofrem com a falta de estrutura, como estradas, hospitais e escolas.

Em Manizales, no departamento de Caldas, uma denúncia de violência policial ocupa as redes sociais. De acordo com a revista Semana, a polícia teria golpeado um jovem que caiu no chão em convulsão e não obteve nenhum tipo de socorro por parte do corpo de segurança.

No início desta semana, o governo decidiu fechar as fronteiras colombianas 'para evitar a participação de estrangeiros nos protestos', que estava programado havia cerca de duas semanas. Dois dias antes das manifestações, vários endereços de jornais e coletivos foram revistados pela polícia em Bogotá e outras cidades.

Pronunciamento oficial

Após o intenso dia de marchas e protestos pelo país, o presidente da Colômbia, Ivan Duque, em um pronunciamento oficial, criticou os saques e a destruição de locais privados. 

Presidente Ivan Duque condenou, em pronunciamento, atos de vandalismo
Presidente Ivan Duque condenou, em pronunciamento, atos de vandalismo

"Os atos cometidos nas marchas de hoje são vandalismo puro e não têm relação com a liberdade de expressão popular, não serão legitimados pelo direito de protestar. Não permitiremos saques, nem atentados contra a propriedade privada e aplicaremos todo o peso da lei", reforçou o presidente.

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