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Comissária passa mal em voo, morre, mas precisa “justificar” ausência

Companhia aérea de Taiwan faz pedido absurdo a funcionária falecida e gera indignação pública no país

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A comissária de bordo Sun, de 34 anos, faleceu após passar mal em um voo internacional.
  • A Eva Air enviou uma mensagem solicitando documentos de licença médica à funcionária já falecida, gerando indignação pública.
  • A companhia aérea iniciou investigações sobre as condições de trabalho e possíveis negligências relacionadas ao caso.
  • O presidente da Eva Air se desculpou e afirmou que a saúde dos funcionários é uma prioridade da empresa.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Comissária de bordo trabalhava para a companhia aérea taiwanesa Eva Air Divulgação/Eva Air

A companhia aérea taiwanesa Eva Air divulgou um pedido de desculpas público após enviar uma mensagem solicitando documentos de licença médica a uma funcionária que havia falecido dias antes. O episódio, que gerou revolta nas redes sociais, envolve a comissária de bordo Sun, de 34 anos, que morreu no início de outubro após passar mal durante um voo internacional.


De acordo com a empresa, Sun começou a se sentir mal em 24 de setembro, durante uma viagem de Milão para Taoyuan, em Taiwan. Ao desembarcar, foi levada ao hospital e permaneceu internada até morrer, em 8 de outubro, no China Medical University Hospital, em Taichung. A causa da morte não foi divulgada oficialmente pela instituição.


A polêmica teve início quando, dias após o falecimento, o celular de Sun recebeu uma mensagem da própria Eva Air pedindo que ela enviasse um comprovante de solicitação de licença referente ao período em que estava hospitalizada. A família, perplexa, respondeu ao contato com uma cópia do atestado de óbito da comissária.


O caso gerou ampla indignação em Taiwan e reacendeu o debate sobre as condições de trabalho na aviação. Em redes sociais, supostos colegas da funcionária afirmaram que ela teria sido pressionada a continuar voando mesmo após manifestar sintomas de mal-estar. Autoridades locais e a companhia iniciaram investigações para apurar se houve negligência ou restrição ao direito de afastamento médico.


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Em nota enviada à BBC, a Eva Air disse manter contato com a família durante a internação e afirmou estar “profundamente entristecida” com a morte da funcionária. “A saúde e a segurança de nossos funcionários e passageiros são nossas maiores prioridades”, declarou a empresa, acrescentando que conduz uma “revisão completa” do caso.

O presidente da companhia, Sun Chia-Ming, declarou em entrevista coletiva que o envio da mensagem foi “um erro de um funcionário interno” e pediu desculpas pessoalmente à família. “A partida da senhorita Sun é uma dor eterna em nossos corações. Conduziremos a investigação com a mais alta responsabilidade”, afirmou.

Segundo a agência oficial CNA, registros mostram que Sun voou, nos últimos seis meses, uma média de 75 horas mensais — dentro do limite regulamentar. Ela trabalhava na Eva Air desde 2016. No entanto, desde 2013, a companhia já foi multada sete vezes, principalmente por infrações relacionadas ao excesso de horas extras de seus funcionários.

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