Confrontos na Turquia já deixaram duas pessoas mortas e mais de mil feridos
Violência entre polícia e opositores ao governo entraram no quarto dia nesta segunda-feira (3)
Internacional|Da Ansa

Duas pessoas morreram na Turquia por causa dos confrontos entre a polícia e manifestantes, que protestam nesta segunda-feira (3) pelo quarto dia seguido nas principais cidades do país.
No último domingo (2), dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas, entrando em choque com as forças de segurança. Segundo as autoridades turcas, mais de mil pessoas foram presas e 1.700 ficaram feridas.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou o principal partido de oposição de incitar os manifestantes e disse que os protestos têm como objetivo prejudicar sua bancada, o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco), e minar sua candidatura nas eleições do ano que vem.
Segundo Erdogan, os protestos têm caráter político e ideológico e pediu à população para manter a calma, denunciando os "elementos extremistas" que considera a origem do protesto.
O presidente turco, Abdullah Gul, também convidou os cidadãos "a raciocinar" e parar com os atos violentos. "Todos têm que respeitar as regras. Se quiserem expressar suas opiniões, devem fazê-lo de forma pacífica", afirmou o mandatário turco, partidário de Erdogan no AKP, alegando que "as mensagens de boa vontade foram recebidas".
Por causa da instabilidade no país, a bolsa de Istambul abriu em forte queda nessa segunda-feira e a lira turca registrou o câmbio mais baixo em relação ao dólar em 18 meses.
Os protestos começaram na semana passada, na Praça Taksim, por causa da decisão da Prefeitura de Istambul de destruir o Parque Gezi, pulmão verde do centro europeu da cidade do Bósforo, para a realização de um shopping e de outros prédios.
Os confrontos se espalharam pelo país após a polícia atacar os manifestantes e se tornou uma ação de revolta com o governo de Erdogan, acusado de estar "islamizar" o país.
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