Coreia do Norte lança mísseis ao mar após ida de submarino dos Estados Unidos à Coreia do Sul
Americanos tentam desencorajar Pyongyang a prosseguir com o desenvolvimento de armas de destruição em massa
Internacional|Do R7
As Forças Armadas da Coreia do Sul informaram que a Coreia do Norte disparou, neste sábado (22), vários mísseis de cruzeiro em direção ao mar Amarelo (chamado de mar do Oeste pelas duas Coreias), o que pode significar uma resposta ao envio de um submarino nuclear dos Estados Unidos à região.
Os serviços de inteligência sul-coreanos e americanos, que estão analisando os lançamentos, disseram que eles ocorreram por volta das 4h (de Seul; 16h de sexta-feira, 21, em Brasília), de acordo com um comunicado do Estado-Maior Conjunto sul-coreano (JCS).
Os lançamentos aconteceram três dias depois de a Coreia do Norte disparar dois mísseis balísticos de curto alcance em direção ao mar do Japão (chamado de mar do Leste pelas duas Coreias), em outra aparente resposta à presença do submarino e à realização da primeira reunião do chamado Conselho Consultivo Nuclear (NCG) entre Coreia do Sul e EUA.
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"Nossas Forças Armadas aumentaram a vigilância, enquanto cooperam estreitamente com os Estados Unidos e mantêm uma postura firme de prontidão", disse o JCS no comunicado, e acrescentou que está monitorando de perto qualquer atividade adicional que o Norte possa realizar.
Após a primeira sessão do NCG nesta semana, o coordenador para a região Indo-Pacífico do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Kurt Campbell, anunciou a chegada a Busan (350 km a sudeste de Seul) do USS Kentucky, um submarino com capacidade para mísseis balísticos movido a energia nuclear e atômica (SSBN), o primeiro desse tipo a visitar a Coreia do Sul em cerca de 40 anos.
Tanto a criação do NCG quanto o envio do submarino foram decididos em abril, com a assinatura da Declaração de Washington pelos presidentes dos EUA e da Coreia do Sul, Joe Biden e Yoon Suk-yeol.
No documento, os EUA se comprometeram a fortalecer a chamada "dissuasão estendida", por meio da qual protegem seu aliado e buscam desencorajar Pyongyang a prosseguir com o desenvolvimento de armas de destruição em massa.
O lançamento de hoje também ocorre depois que um soldado americano cruzou a fronteira com a Coreia do Norte, onde está atualmente preso, durante uma viagem de turismo, na quarta-feira (19).
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