Coreia do Sul avisa que seu arsenal nuclear seria capaz de exterminar a ditadura da Coreia do Norte
Recado enviado hoje é resposta à ameaça de Kim Jong-un de usar bomba atômica que tem após submarino nuclear dos EUA ancorar
Internacional|Do R7, com AFP
A tensão na Península da Coreia, onde fica a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, escala dia após dia. Nesta sexta-feira (21), os sul-coreanos advertiram a ditadura de Kim Jong-un de que o uso do próprio arsenal nuclear implicaria o "fim do regime" liderado pelo ditador.
A declaração é uma resposta ao próprio Kim Jong-un, que ameaçou usar bombas atômicas diante da possibilidade de os Estados Unidos instalarem ogivas nucleares na península. Nesta semana, os americanos ancoraram, em Busan, na Coreia do Sul, um submarino nuclear capaz de carregar até 20 mísseis atômicos.
EUA mandam submarino com 20 mísseis nucleares após disparos da Coreia do Norte:
As relações entre os dois países estão em um dos pontos mais acirrados, e o Norte avisou, nesta semana, que a chegada da embarcação americana à Coreia do Sul poderia amparar legalmente o uso de seus ativos nucleares.
Como Seul e Washington tinham "deixado claro" antes, "qualquer ataque nuclear contra a aliança sofrerá uma resposta imediata, esmagadora e decisiva", informou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul em um comunicado hoje. Se isso ocorrer, "o regime da Coreia do Norte estaria condenado a seu fim", acrescenta a nota.
A visita do submarino nuclear americano, na primeira vez desde 1981 que uma embarcação dos EUA atraca na Coreia do Sul com míssies nucleares, é só uma "resposta de legítima defesa" diante da ameaça nuclear de Pyongyang, afirma a Coreia do Sul.
A chegada da embarcação foi acordada durante a viagem a Washington do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, em abril, quando, junto ao seu homólogo dos EUA, Joe Biden, lançou uma ameaça semelhante à Coreia do Norte sobre as consequências de usar as armas nucleares que possui.
Kim declarou, no ano passado, que a condição de potência nuclear do seu país era "irreversível". Prova disso é que fez várias convocações para desenvolver e melhorar o próprio arsenal.
Por outro lado, os Estados Unidos e a Coreia do Sul reforçaram a aliança militar com vários exercícios conjuntos na região, o que Pyongyang interpreta como ensaios para uma eventual invasão.