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EUA fecham escritório em Cuba para assuntos migratórios

Relações entre Washington e Havana se deterioraram após "ataques" sofridos por diplomatas americanos entre 2016 e 2017

Internacional|Agência Brasil

Emissão da maioria dos vistos da embaixada dos EUA em Havana já havia sido suspensa
Emissão da maioria dos vistos da embaixada dos EUA em Havana já havia sido suspensa Emissão da maioria dos vistos da embaixada dos EUA em Havana já havia sido suspensa

O governo dos Estados Unidosanunciou o fechamento definitivo do escritório para assuntos migratórios que mantinha em Havana e informou que, a partir de agora, a delegação migratória na Cidade do México assumirá o processamento de vistos e outras autorizações para aqueles que vivem em Cuba. A medida foi anunciada no site do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS, sigla em inglês).

A emissão da maioria dos vistos da embaixada dos Estados Unidos em Havana, capital de Cuba, foi suspensa em novembro de 2017 devido à redução de funcionários que se seguiu aos supostos ataques contra a saúde de 26 trabalhadores do local.

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As relações entre Washington e Havana se deterioraram devido a "ataques" que sofreram diplomatas americanos em Cuba, entre novembro de 2016 e agosto de 2017, há ainda relatos de incidentes envolvendo norte-americanos que adoeceram na ilha.

Presos

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu ao ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, esclarecimentos "substanciais" sobre a detenção de oito "presos políticos", entre eles, Martha Sánchez, do grupo dissidente Damas de Branco.

Pompeo formulou esse pedido em uma carta na qual lembra o suposto compromisso feito durante uma entrevista coletiva em março de 2016 em Havana pelo ex-presidente de Cuba, Raúl Castro (2008-2018), que disse que, se os EUA eram capazes de dar-lhe uma lista de "presos políticos", os colocaria em liberdade naquela mesma noite.

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Na lista de Pompeo, aparecem também Yosvany Sánchez Valenciano, Melkis Faure Echevarria e Yanier Suárez Tamayo, três ativistas da União Patriótica de Cuba (UNPACU); assim como Eduardo Cardet Concepción, do Movimento Cristão de Libertação (MCL), e o jornalista Yoeni de Jesús Guerra García.

Os dois "presos políticos" que completam a lista são José Rolando Casares Soto e Yamilka Abascal Sánchez, os dois da Mesa de Diálogo da Juventude Cubana.

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Histórico

Na entrevista coletiva de 2016, junto ao então presidente dos EUA, Barack Obama (2009-2017), Raúl Castro questionou a existência de "presos políticos" em Cuba e, diante das perguntas de um jornalista, respondeu: "Me dê lista dos presos políticos atualmente para soltá-los. Que presos políticos?"

As declarações de Castro fizeram com que organizações do exílio cubano na Flórida, como a FNCA (Fundação Nacional Cubana Americana), publicasse listas de presos que consideram políticos.

Sob o governo de Obama, Washington e Havana iniciaram um processo de normalização diplomática, mas esse progresso se paralisou pouco depois da chegada ao poder em janeiro de 2017 do presidente Donald Trump.

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