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General do Uruguai é preso por críticas ao governo

Comandante do Exército uruguaio declarou ser contra reforma que pretende mexer na aposentadoria dos militares

Internacional|Gabriela Lisbôa, do R7

General Guido Manini Ríos deve ficar preso por trinta dias
General Guido Manini Ríos deve ficar preso por trinta dias General Guido Manini Ríos deve ficar preso por trinta dias

O Comandante do Exército do Uruguai, general Guido Manini Ríos, foi preso por 30 dias pelo Poder Executivo do país depois de declarar que é contra a reforma no sistema militar de aposentadorias e criticar o ministro do Trabalho, Ernesto Murro.

A decisão foi tomada em uma reunião convocada pelo presidente Tabaré Vázquez, depois de receber um relatório do Ministério da Defesa Nacional. O documento reuniu manifestações públicas de Manini Ríos, que teria feito considerações políticas que são proibidas no país.

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A constituição do Uruguai estabelece que os militares ativos de qualquer patente devem se abster de qualquer ato público ou privado de natureza política, exceto para votar.

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O comandante tem se pronunciado publicamente contra a reforma, que está sendo chamada de "caixa militar". Além de modificar o cálculo da aposentadoria, ela reduz o número de funcionários e modifica aspectos da lei aprovada durante a ditadura, com base na doutrina da segurança nacional.

No último dia 6 de setembro, durante uma entrevista a uma rádio local, ele chegou a dizer que o ministro do Trabalho, Ernesto Murro, não está bem informado sobre os efeitos que as mudanças podem causar.

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“Você não pode atribuir má-fé ao ministro. Eu só acho que ele não está bem informado. Se o ministro pegar uma calculadora e analisar a lei e a realidade de um soldado, vai perceber que o que eu digo é verdade, o soldado vai ter que trabalhar mais anos para se aposentar com a metade do valor”, disse o general.

O militar ainda declarou, durante a entrevista, que os soldados são os funcionários públicos mais mal pagos e com a maior carga de trabalho.

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O general também pediu que a reforma não seja aprovada pela Câmara dos Deputados - no dia 27 de agosto, o governo uruguaio conseguiu aprovar o projeto no Senado.

Segundo publicou o jornal El País, para os partidos que fazem oposição ao governo, o projeto prejudica os direitos adquiridos e afeta a carreira militar. A alternativa seria aprovar uma reforma mais branda, antes de fazer outras mudanças. A oposição calcula que afeta 18.000 uniformizados.

A senadora pró-governo Constanza Moreira argumentou que o projeto, que agora será analisado pelos deputados, retirou privilégios. 

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