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Irlanda vota para presidente e faz referendo sobre blasfêmia

Além de votar para presidente, os eleitores decidirão se o crime de blasfêmia, que proíbe qualquer tipo de ofensa religiosa na ilha, saia da Constituição

Internacional|Da Ansa Brasil

A República da Irlanda vai às urnas nesta sexta-feira (26) para decidir quem será o presidente do país pelos próximos sete anos e para definir se o crime de blasfêmia continuará presente na Constituição da ilha europeia.

O atual chefe do Poder Executivo, o líder trabalhista Michael Higgins, de 77 anos, é o favorito para seguir no cargo. Segundo as últimas pesquisas, Higgins tem 70% das intenções de voto, à frente do empresário Sean Gallagher (12%). A eurodeputada Liadh Ní Riada, do partido nacionalista Sinn Fein, tem 9% das intenções.

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A urnas abriram às 7h desta sexta-feira (26) e serão encerradas às 22h no horário local (18h em Brasília). Três milhões de eleitores devem comparecer às urnas. A apuração começará às 9h deste sábado e o vencedor deve ser conhecido até o final do dia.

A Irlanda segue o regime parlamentarista, em que o chefe de Estado é o primeiro-ministro (no caso irlandês, Leo Varadkar) e o presidente tem função institucional, que inclui sancionar leis e representar o país em viagens oficiais.


Blasfêmia

Além de votar para presidente, os eleitores decidirão se o crime de blasfêmia, que proíbe qualquer tipo de ofensa religiosa na ilha, seja eliminado da Constituição.


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Atualmente, qualquer pessoa ou instituição que "publique ou ofereça material que seja seriamente abusivo ou insultuoso em relação a assuntos sagrados a qualquer religião, causando intencionalmente indignação em um número substancial de seguidores desta crença" pode ser multado em 25 mil euros. Desde 1855 nenhum cidadão é processado pelo crime, considerado "obsoleto" por todos os partidos políticos, além de diversos grupos sociais e das igrejas Católica e Protestante locais.

De acordo com as últimas pesquisas, 51% dos eleitores são favoráveis ao "sim", o que é suficiente para a concretização da eliminação, que precisa de maioria simples. A manutenção do artigo é defendida por 19% dos eleitores e 30% se declararam indecisos.

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