Jornalista russa foge da prisão após criticar guerra na Ucrânia e entra na mira do Kremlin
Ekaterina foi detida pelas autoridades russas em fevereiro deste ano após dizer que Putin “arrasava cidades inteiras” com bombas
Internacional|Do R7

A jornalista russa Ekaterina Barabash, de 63 anos, virou alvo das autoridades russas após escapar da prisão domiciliar. Ela é acusada de disseminar informações falsas sobre as Forças Armadas da Rússia por meio de postagens críticas à guerra na Ucrânia nas redes sociais. Caso condenada, Ekaterina pode enfrentar até 10 anos de prisão, com agravante de pena por tentativa de evasão.
A fuga foi detectada pelo Kremlin no dia 13 de abril por meio do sistema de monitoramento eletrônico que vigiava os passos de Ekaterina. Desde então, a jornalista é oficialmente considerada foragida, segundo informou a filial de Moscou do Serviço Penitenciário Federal à agência estatal Tass.
Ekaterina foi detida pelas autoridades russas em fevereiro deste ano. Ela é conhecida por atuar em veículos como o site Republic e o serviço russo da Radio France Internationale. Em março de 2022, logo após o início da invasão da Ucrânia, publicou no Facebook duras críticas ao governo do presidente russo, Vladimir Putin, afirmando que o país havia “bombardeado a Ucrânia” e “arrasado cidades inteiras”.
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Logo após o início da ofensiva militar, o Kremlin aprovou leis que criminalizam críticas ao exército russo e à condução da guerra. Desde então, milhares de pessoas foram processadas por “desacreditar as Forças Armadas”, em uma repressão à dissidência que, segundo organizações de direitos humanos, remete aos tempos da União Soviética.
Casos como o de Ekaterina não são isolados. Em 2022, a jornalista Marina Ovsyannikova, ex-funcionária da TV estatal russa, também escapou da prisão domiciliar após protestar contra a guerra ao vivo durante uma transmissão televisiva. Ela conseguiu deixar o país e atualmente vive no exílio.
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