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Manifestantes sitiados na Nicarágua são libertados; um morreu

Ativistas pró-governo cercaram estudantes na sexta-feira e passaram a noite atirando contra o grupo. Confrontos já deixaram mais de 300 mortos

Internacional|Cristina Charão, do R7, com Reuters

Estudantes foram sitiados por forças pró-governo
Estudantes foram sitiados por forças pró-governo Estudantes foram sitiados por forças pró-governo

Dezenas de manifestantes contra o governo de Daniel Ortega, na Nicarágua, que estavam sitiados em uma igreja foram libertados e escoltados até o centro da capital, Manágua, neste sábado (14). Um jovem morreu baleado durante o cerco, promovido por ativistas pró-governo.

Os estudantes se refugiaram na Igreja da Divina Misericórdia na sexta-feira, depois que atiradores leais a Ortega começaram a atirar contra eles no campus da Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua, provocando novas críticas à repressão violenta contra a oposição ao seu governo.

Paulo Abrao, da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, disse no Twitter que pelo menos um jovem morreu durante o cerco e três pessoas ficaram feridas. A mãe de uma jovem que passou a noite na igreja disse à agência Reuters que um estudante havia morrido.

Meios de comunicação locais chegaram a informar que duas pessoas morreram.

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Quase três meses de confrontos entre as forças pró-Ortega e os manifestantes que pedem o seu impeachment já mataram quase 300 pessoas. São os protestos mais sangrentos da Nicarágua desde o fim da guerra civil do país, em 1990.

A mãe de uma das estudantes diz que o grupo passou a noite agachados no chão da igreja temendo por suas vidas, enquanto os atiradores disparavam tiros que ricocheteavam dentro do prédio.

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Após negociações com o governo, os estudantes foram levados para a catedral metropolitana de Manágua, onde receberam cuidados médicos.

O governo não pôde ser imediatamente contatado para comentar.

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Distúrbios desde abril

O conflito que abala a Nicarágua começou em abril, quando Ortega propôs a redução dos benefícios previdenciários para aliviar o orçamento público.

Multidões foram para as ruas e o presidente voltou atrás na reforma, mas a resposta violenta das forças governamentais aos protestos incentivou novas manifestações pelo impeachment de Ortega.

A escalada de violência não parou, bem como a mobilização de grupos organizados de trabalhadores e estudantes.

Na sexta-feira, quando as empresas fecharam suas portas, atendendo a pedidos de grupos da sociedade civil que querem que Ortega renuncie e realize eleições antecipadas.

Ortega cumpre seu terceiro mandato consecutivo, que vai até 2021. O principal diplomata do governo descartou a possibilidade de renúncia, na sexta-feira, durante uma sessão da Organização dos Estados Americanos em Washington.

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